O ex-líder cubano Fidel Castro disse na quinta-feira que seu país poderia conversar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, em mais uma mostra de aproximação por parte de Havana com o próximo governo norte-americano.
A declaração de Fidel acontece após seu irmão, o presidente Raúl Castro, ter dito a uma revista norte-americana que poderia se reunir com Obama em um "lugar neutro" para tentar acabar com o conflito de quatro décadas entre os EUA e a ilha comunista.
"Com Obama, podemos conversar onde ele quiser, já que não somos defensores da violência e da guerra", escreveu Fidel em um artigo publicado na mídia estatal pela Internet.
Fidel, que assumiu o poder em Cuba quase 50 anos atrás após uma revolução armada, não aparece em público desde julho de 2006, quando foi submetido a uma cirurgia para tratar uma doença misteriosa. Mas ele tem se encontrado frequentemente com líderes estrangeiros e posado para fotografias.
Obama, que toma possa em 20 de janeiro, já cogitou uma melhoria nos laços entre Estados Unidos e Cuba, e declarou ser favorável ao facilitamento de algumas sanções norte-americanas impostas à ilha.
Ele já disse que vai modificar as políticas do atual governo dos EUA que restringe as visitas e o envio de dinheiro dos cubano-americanos à Cuba. O embargo, entretanto, seria mantido como forma de pressionar por democracia em Cuba.
Raúl Castro assumiu oficialmente a Presidência cubana das mãos de Fidel em fevereiro, e já disse várias vezes que Havana deseja conversar com os Estados Unidos.
Antes da eleição presidencial do mês passado nos EUA, Fidel elogiou Obama, o chamando de inteligente e humanitário.
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