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O ex-líder cubano Fidel Castro disse que o presidente norte-americano, Barack Obama, proferiu um discurso confuso na semana passada perante a Assembleia-Geral da ONU, e qualificou de "crime monstruoso" a ação militar da Otan na Líbia.

As opiniões foram proferidas em um artigo publicado na segunda-feira, o primeiro escrito por Fidel desde o começo de julho.

A ausência de imagens e escritos de Fidel nos últimos meses motivou rumores de que o veterano revolucionário, de 85 anos, estaria muito mal de saúde.

"Faço uma pausa nas tarefas que ocupam a totalidade do meu tempo nestes dias para dedicar umas palavras (...) (sobre) a Assembleia Geral da ONU", diz Fidel no começo do artigo, publicado no site governamental www.cubadebate.cu.

Fiel ao estilo que cultiva há décadas, Fidel atacou os EUA e o "presidente ianque" pelo comportamento que qualificou como belicoso e hipócrita.

Entremeando trechos do discurso de Obama às suas opiniões, ele disse: "Apesar do monopólio desavergonhado dos meios de informação de massas e dos métodos fascistas dos Estados Unidos e seus aliados para confundir e enganar a opinião mundial, a resistência dos povos cresce, e isso pode se apreciar nos debates que estão ocorrendo nas Nações Unidas".

Ele questionou muitos pontos do discurso de Obama, acusando-o de descrever equivocadamente as situações no Iraque e Afeganistão, a política dos EUA sobre Israel e a Palestina, e as rebeliões deste ano no mundo árabe.

"Quem entende palavras confusas do presidente dos Estados Unidos perante a Assembleia-Geral?", questionou.

Ele disse que o evento na ONU apresenta dificuldades políticas para muitos países que ainda não tomaram posição diante de diversas questões. "Por exemplo, que posição adotar sobre o genocídio da Otan na Líbia? Alguém deseja deixar registrado que, sob sua direção, o governo do seu país apoiou o monstruoso crime realizado pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan?"

Fidel não revelou qual é o projeto que o mantém tão ocupado, mas seus aliados Hugo Chávez e Evo Morales, presidentes da Venezuela e da Bolívia, disseram recentemente que ele tem trabalhado em algo ligado à agricultura.

Ele prometeu para breve outra coluna sobre os debates na Assembleia-Geral da ONU.

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