Havana - Menos de 12 horas após opinar sobre as medidas anunciadas pelo governo americano para Cuba, o ex-ditador Fidel Castro escreveu de novo, ontem, para reforçar sua mensagem a Barack Obama: ele o admira, não quer "prejudicá-lo, não o culpa pelo embargo econômico, mas exige que as mudanças na política para Havana se estendam além das positivas, mas mínimas, liberações de viagens de cubanos-americanos e do envio de remessas.
O "blogueiro convalescente afastado do poder formalmente desde fevereiro de 2008 sugeriu, mais uma vez, que a questão de Cuba seja discutida na Cúpula das Américas, que começará na sexta e será perpassada pelo coro latino-americano pela normalização das relações entre Washington e Havana.
O ex-ditador mencionou que o secretário de Estado para América Latina, Thomas Shannon, convidou o veterano embaixador cubano Jorge Bolaños, da Seção de Interesses de Havana em Washington, ao Departamento de Estado para explicar a ele as medidas antes do anúncio oficial. O gesto foi lido por um diplomata brasileiro como "cortesia diplomática bastante rara.
Enquanto Fidel cobrava avanços, o noticiário da tevê estatal saudou a liberação de viagens e remessas dizendo que eram promessas de campanha do democrata.
Citaram que as decisões ajudam o "fluxo de informações entre Cuba e o mundo e facilitam a chegada de "ajuda humanitária, mas não mencionaram a permissão dos Estados Unidos para que empresas de telecomunicações ofereçam serviços em Cuba.
Raúl Castro, no poder formal há mais de um ano, não falou, mas os cubanos esperam dele reação positiva aos anúncios de Washington.
Na deprimida economia cubana, a aproximação com Obama é vista como via rápida para obter algum alívio econômico e para, quem sabe, abrir caminho a reformas econômicas.
"Espera-se um gesto de Raúl, que poderia ser flexibilizar o rígido regime para sair da ilha ou baixar o custo do envio de remessas ou o custo telefônico para ajudar no clima de aproximação, diz o sociólogo cubano-dominicano, Haroldo Dilla.
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