Havana – Fidel Castro completa hoje 81 anos. Longe dos olhos públicos há um ano, mas não fora das mentes, já que mantém colunas regulares em jornais, enviadas a partir de uma instalação médica secreta, o líder cubano passa seu tempo "meditando em profundidade sobre os problemas vitais que ameaçam nossas espécies atualmente", segundo escreveu recentemente, citando o capitalismo dos Estados Unidos como ameaça à sobrevivência humana.

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O revolucionário, que já flertou com a idéia de abolir o dinheiro em uma sociedade sem classes, foi forçado a entregar o poder ao irmão Raul no ano passado, depois de passar por uma cirurgia intestinal de emergência. Sua doença é um segredo, assim como sua vida privada. Até mesmo sua idade é uma dúvida. Algumas pessoas dizem que Fidel é um ano mais novo do que a data da certidão de nascimento, porque o documento foi alterado para que pudesse entrar na escola antes.

Oficialmente, Fidel está se recuperando de uma crise de saúde que colocou sua vida em risco, mas as autoridades comunistas de Cuba já não dizem se ele voltará ao cargo. Sua sobrinha Mariela Castro deu a entender recentemente que sua saúde pode não estar melhorando e que o destino do socialismo cubano depende de Raul e de líderes mais jovens. "A preocupação que todos temos com a perda do nosso líder está agora mais próxima", disse Mariela.

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Salários

Ela afirmou, ainda, que Fidel continua exercendo grande influência em Cuba com sua "autoridade moral", mas que o país está caminhando "com ou sem Fidel."

Em discurso no Dia da Revolução, em 26 de julho. Raul Castro disse que os salários – que são em média de US $15 por dia – não são adequados.

O presidente interino afirmou que são necessárias mudanças "estruturais" para incentivar a agricultura e cortar a dependência das caras importações de alimentos. Ele criticou o sistema absurdo de distribuição de leite, produto raro nas lojas cubanas, assim como a carne de gado.