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O Partido Comunista Cubano colocou a eleição de um novo líder na pauta de seu congresso de abril, quando o veterano dirigente Fidel Castro deve deixar o cargo, disseram fontes ligadas à cúpula do partido durante o fim de semana.

Fidel, de 84 anos - dos quais 49 como chefe de governo -, já havia deixado as funções públicas, mas manteve o cargo de primeiro-secretário do Partido Comunista, embora tenha delegado a maior parte das atribuições.

Seu irmão caçula, o presidente Raúl Castro, atualmente segundo-secretário, é favorito para sucedê-lo. Mas, como não há outros parentes politicamente ativos, o cargo de segundo-secretário será alguém sem o sobrenome Castro, algo que não ocorre desde a fundação do PC, em 1965.

Como primeiro e segundo secretário, os irmãos Castro comandam o Comitê Central partidário, que deveria ter eleições numa conferência no final do ano. Mas a votação foi antecipada para abril porque o estatuto prevê que a escolha do novo ocupante precisa ser feita num congresso formal.

O Comitê Central escolhe o poderoso Burô Político do partido, além do secretariado-executivo, instâncias nas quais numerosas mudanças também são esperadas, segundo fontes.

Observadores esperam que essas nomeações apontem o futuro do regime quando Fidel e Raúl Castro, de 79 anos, saírem de cena.

Raúl diz que a principal tarefa do congresso de abril, o primeiro desde 1997, é adotar oficialmente as reformas com as quais ele pretende modernizar o sistema econômico de estilo soviético.

Apesar da ampla expectativa de que Fidel renuncie à liderança partidária, o nome dele chegou a ser incluído como candidato pelos comitês locais do partido.

"Há muita gente no partido que deseja que Fidel continue, mas acho que no final algum tipo de novo cargo será criado para ele", disse um membro do partido, pedindo anonimato.

Desde que se afastou do poder por questões de saúde, em agosto de 2006, Fidel se dedica principalmente a escrever artigos sobre política internacional, publicados na imprensa estatal e na Internet. Oficialmente, continua também como membro do Parlamento, mas desde que adoeceu não comparece às sessões bianuais.

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