O líder cubano, Fidel Castro, elogiou nesta terça-feira a decisão do Brasil de quebrar a patente de um medicamento para tratamento de Aids detida pela norte-americana Merck e tentou se reconciliar com o país, após críticas ao etanol.

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Em seu sétimo editorial desde 29 de março, Fidel louvou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de suspender este mês a patente do anti-retroviral Efavirenz, substituindo-o por um mais barato importado da Índia.

"Apoiamos totalmente o decreto de nacionalização da patente de uma multinacional farmacêutica", escreveu Fidel em um texto publicado na terça-feira pelo Granma, o jornal do Partido Comunista.

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"Reitero que sentimos profundo respeito pelo povo irmão do Brasil", acrescentou.

Em três de seus seis editoriais anteriores, Fidel criticou o Brasil, líder mundial na produção de álcool com cana-de-açúcar, por assinar com os Estados Unidos um acordo na área de biocombustíveis.

Fidel afirma que os planos dos EUA de multiplicar sua produção de álcool a partir de alimentos como o milho condenará mais de 3 bilhões de pessoas à fome.

Nesse novo editorial, de quase 3.300 palavras, o líder cubano não diz nenhuma palavra a respeito da doença que o obrigou a passar o poder a seu irmão Raul, em 31 de julho. Fidel não é visto em público desde essa data.

Ele também não fez comentários à recente liberação nos EUA do ex-agente cubano da CIA Luis Posada Carriles, acusado pelo governo cubano de terrorismo e alvo de uma intensa campanha que hoje domina a política doméstica.

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