Karina Gutiérrez em imagem divulgada pela TV equatoriana| Foto: Reprodução

Filha do ex-presidente Lucio Gutiérrez, uma das principais lideranças da oposição no Equador, a subtenente do Exército Karina Gutiérrez participou da operação que resgatou de um hospital da polícia o presidente Rafael Correa, após quase dez horas retido em meio à rebelião policial da última quinta-feira (30).

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A informação foi confirmada pelo tio de Karina, o parlamentar Gilmar Gutiérrez, em entrevista a uma TV equatoriana. Segundo Gilmar, que é diretor nacional do oposicionista Partido Sociedade Patriótica (PSP), a subtenente chegou ao local, na quinta, num dos primeiros caminhões com militares que foram resgatar o presidente, que recebeu os primeiros disparos.

No dia seguinte, Rafael Correa acusou a oposição e o ex-presidente Lucio Gutiérrez de estarem por trás da onda de protestos que deixou ao menos 10 mortos no país. "Os agentes de Lucio estavam infiltrados ali, incitando a violência", afirmou.

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Gutiérrez, que está no Brasil, negou qualquer envolvimento com a rebelião policial contra o presidente Rafael Correa. "Minhas primeiras palavras são para rejeitar as covardes, falsas e temerárias acusações do presidente Correa", disse em entrevista à CNN.

Em mensagem eletrônica atribuída à subtenente pela mídia equatoriana, ela teria contado ao pai sobre a participação no resgate do presidente. "Querido papai, como tu sabias, meu batalhão é encarregado das situações de emergência. Saí ontem para o resgate e estive em meio ao resgate e aos tiroteios. Eu sei que [tu] nunca arriscarias a vida de nosso povo. Por isso estou orgulhosa de ti. Te amo muito", diz o texto.

À TV equatoriana, Gilmar Gutiérrez disse que o irmão teria ficado orgulhoso da filha e acusou o atual presidente de querer desviar a atenção da crise no país ao acusar a oposição por ser ele "um dos responsáveis".

O PSP é a segunda maior força política na Assembleia Nacional equatoriana, com 16 cadeiras. A Aliança Nacional, de Correa, tem 54 membros.