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A filha mais velha de Saddam Hussein, Raghd, apareceu de surpresa nesta segunda-feira em um protesto realizado por centenas de jordanianos simpatizantes do ex-presidente iraquiano.

Os manifestantes, incluindo muçulmanos ortodoxos, políticos e ícones da oposição, reuniram-se em frente ao prédio em que está estabelecido um agrupamento de 14 associações profissionais, carregando imagens de Saddam e entoando lemas antiamericanos e pró-Saddam.

Raghd, que está exilada na Jordânia, permaneceu em silêncio durante a maior parte da rápida visita, mas usou um alto-falante para agradecer aos participantes pelo apoio antes de se retirar. "Quero agradecer a vocês por essa demonstração de apoio. Que Deus os proteja", afirmou.

Uma das faixas carregadas pelos manifestantes dizia: "Líder Saddam, o pai dos mártires".

Saddam Hussein foi enforcado no sábado, condenado por crimes cometidos contra a humanidade.

Milhares de árabes condenaram a execução de Saddam, considerado um herói devido à severa política que estabeleceu em relação aos Estados Unidos e a Israel.

No domingo, muitos palestinos organizaram um protesto no campo de refugiados de Baqaa, ao norte de Amã, após preces lamentando a morte de Saddam. Na região Sul, na cidade de Karak, uma tenda erguida por defensores jordanianos de Saddam abrigou milhares de simpatizantes do ex-líder iraquiano, disseram organizadores.

Raghd e seus filhos obtiveram asilo do rei Abdullah em 2003 após ter fugido com a irmã para a Jordânia. Ela teve papel fundamental na organização da defesa legal de seu pai no julgamento por crimes contra a humanidade, e foi colocada na lista das 41 pessoas "mais procuradas" do Iraque.

No entanto, autoridades disseram que Raghd se comprometeu, por um pedido, a não utilizar a Jordânia como plataforma para fazer declarações políticas à mídia.

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