Em um vídeo de 2005, Arlene Castro, uma das filhas de Ariel Castro, acusado de sequestrar e estuprar três jovens por dez anos em Ohio, conta que foi a última pessoa a ver Gina DeJesus, uma das mulheres libertadas na última segunda-feira (6). Na reportagem, Arlene conta que era a melhor amiga da vítima e estava com ela minutos antes do desaparecimento.
A entrevista foi feita pelo programa "Mais procurados da América" ?, em 2005. Arlene explica que ela e Gina, então com 14 anos, voltavam juntas da escola onde estudavam quando decidiram ligar para a mãe de Arlene - morta em 2007 - para perguntar se as duas poderiam passar a tarde juntas na casa de Gina. Para fazer a ligação, a filha do acusado pediu US$ 0,50 emprestados e a jovem ficou sem dinheiro para pegar o ônibus de volta para a casa. A mãe de Arlene não permitiu que a filha fosse para a casa da amiga e elas acabaram voltando separadas.
"Eu decidi ligar para minha mãe e perguntar se poderia passar a tarde na casa da Gina. Ela me emprestou US$ 0,50 para a ligação. Minha mãe disse não e então tive que voltar para a casa. Ela disse: 'Eu falo com você depois'. E simplesmente saiu andando".
Vários cartazes do FBI da época indicam que a jovem foi vista pela última vez em um telefone público na esquina da Rua 105 com a Avenida Lorain, em Cleveland, entre 14h45m e 15h do dia 2 de abril de 2004.
Outra filha de Castro, Emily, foi indiciada em 2007 por cinco anos de prisão por cortar a garganta da filha Janyla, que tinha 11 meses na época. Ela sofria de depressão e havia rompido com o pai da criança na véspera. A ex-mulher do sequestrador, Grimilda Figueroa, se mudou da casa de Ariel, em 1996, com seus três filhos após anos de abuso e violência. Anthony Castro, de 31 anos, o terceiro filho de Ariel, contou na terça-feira que fala poucas vezes por ano com o pai e raramente visita sua casa.
Em uma entrevista exclusiva ao jornal "MailOnline", Anthony disse que o pai lhe perguntou, há apenas algumas semanas, se ele acreditava que o sequestro de Amanda Berry - outra das vítimas - ainda seria resolvido.
"Se é verdade que ele as manteve em cativeiro, as forçou a ter relações sexuais com ele e a ter o filho que uma delas esperava, escondendo todos da luz do sol, ele realmente tirou a vida daquelas meninas", afirmou. "Ele merece ficar atrás das grades para o resto de sua vida. Eu sou apenas grato de que elas estejam vivas".