Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, causou constrangimento ao fazer pedido à embaixada dos EUA na Itália| Foto: EFE/EPA/Yuri Gripas/POOL
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Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, pediu ajuda ao governo dos Estados Unidos quando seu pai era vice de Barack Obama (2009-2017) para um projeto de uma empresa de energia da Ucrânia a ser desenvolvido na Itália, revelaram documentos aos quais o jornal The New York Times teve acesso.

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Uma reportagem do periódico americano publicada nesta terça-feira (13) mostrou que em 2016 Hunter Biden escreveu uma carta ao embaixador dos Estados Unidos na Itália buscando “assistência” para a empresa de gás ucraniana Burisma, da qual era membro do conselho administrativo à época.

De acordo com os registros governamentais a que o Times teve acesso, o pedido causou constrangimento na embaixada.

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“Quero ter cuidado para não prometer muito”, escreveu um funcionário do Departamento de Comércio, baseado na embaixada americana em Roma e que foi encarregado de responder à demanda.

“Esta é uma empresa ucraniana e, apenas para nos proteger, o governo dos Estados Unidos não deveria estar advogando ativamente com o governo da Itália sem que a empresa passasse pelo Advocacy Center do DOC [Departamento de Comércio]”, acrescentou o funcionário.

O Advocacy Center é um programa do DOC que ajuda empresas americanas a obter contratos junto a governos estrangeiros.

A Casa Branca alega que Biden não sabia do contato feito por Hunter junto à Embaixada dos Estados Unidos na Itália.

Abbe Lowell, advogado de Hunter Biden, disse em uma declaração que a embaixada americana em Roma foi um dos “vários” contatos que o filho do então vice-presidente tentou para marcar um encontro entre representantes da Burisma e a presidência da região da Toscana, na Itália, onde a empresa ucraniana buscava desenvolver um projeto geotérmico.

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“Nenhuma reunião ocorreu, nenhum projeto se materializou, nenhuma solicitação de nada dos EUA foi feita e apenas uma apresentação na Itália foi solicitada”, alegou Lowell, argumentando que não teria ocorrido nenhuma irregularidade na conduta de Hunter Biden.

Em junho, um júri em Delaware considerou o filho de Biden culpado de acusações de que teria comprado e mantido em sua posse uma arma de fogo quando era viciado em drogas, um crime federal. A sentença, que será anunciada em novembro, pode chegar a 25 anos de prisão.

Hunter Biden será julgado em setembro em outro processo, na Califórnia, onde foi acusado de não pagar US$ 1,4 milhão em impostos entre 2016 e 2019.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]