Hunter Biden, filho do presidente americano, chegando no tribunal em Wilmington, Delaware| Foto: EFE/EPA/DAVID MUSE
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Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, recebeu o veredicto de culpado por um júri de Delaware, nesta terça-feira (11), no julgamento por posse e compra ilegal de arma.

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Ele foi condenado por ter mentido em outubro de 2018, quando não reconheceu o uso de drogas em um formulário para comprar um revólver Colt Cobra calibre 38, que ele guardou por 11 dias. A aquisição de armas é ilegal em casos que envolvem pessoas com vícios em drogas. A sentença ainda não foi divulgada pela Justiça.

O processo começou há pouco mais de uma semana em Wilmington (Delaware) e durante o julgamento testemunharam sua ex-esposa Kathleen Buhle, uma ex-namorada, sua cunhada e ex-amante Hallie Biden e sua filha Naomi Biden, antes que os advogados de acusação e de defesa pronunciassem nesta segunda (10) suas alegações finais, em uma última tentativa de convencer os jurados.

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Hunter sofreu três acusações relacionadas a compra e posse ilegal de armas que podem resultar em até 25 anos de prisão, embora a pena seja geralmente menos severa para aqueles que, como ele, não têm antecedentes criminais. São elas:

  • Mentir no formulário no momento da compra da arma;
  • Mentir em documento federal;
  • Comprar e manter a posse de uma arma adquirida de forma ilegal.

De acordo com a acusação, em 12 de outubro de 2018, ele mentiu que não estava usando drogas quando comprou a pistola. O condenado, de 54 anos, se declarou inocente de todas as acusações.

No veredicto, o júri considerou Hunter Biden culpado e concluiu que o filho do presidente usava drogas ilícitas quando comprou um revólver e mentiu em dois depoimentos (duas acusações de declaração falsa) e quando estava em posse da arma (terceira acusação).

Duas das acusações podem acarretar a pena máxima de 10 anos de prisão, enquanto para a terceira a pena seria de cinco anos. Além disso, deverá pagar multa de até US$ 750 mil por cada uma delas.

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Durante o processo, Joe Biden não compareceu ao tribunal, mas a primeira-dama, Jill Biden, esteve presente na última segunda-feira durante a seleção do júri e também hoje, juntamente com a esposa de Hunter, Melissa Cohen-Biden, e a sua irmã Ashley Biden.

Os inquéritos contra ele foram abertos em 2018, durante o mandato presidencial do republicano Donald Trump (2017-2021).

Hunter agradeceu pelo apoio recebido no julgamento contra ele por compra e posse ilegal de arma e disse que cogita recorrer do veredicto de culpado.

"Estou mais grato hoje pelo amor e apoio que recebi na semana passada de (minha esposa) Melissa, minha família, meus amigos e minha comunidade do que desapontado com o resultado", comentou em uma declaração por escrito divulgada à imprensa depois de ter sido considerado culpado em todas as três acusações que enfrentava.

O filho do presidente democrata tem ainda outro julgamento pendente na Califórnia, no qual é acusado de ter sonegado o pagamento de US$ 1,4 milhão em impostos. (Com Agência EFE)

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