Uma declaração supostamente divulgada pelo filho de Osama bin Laden denunciou a morte do líder da Al Qaeda como "criminosa" e afirmou que o seu sepultamento no mar havia humilhado a família, informou um serviço de monitoramento da Internet.

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A declaração, atribuída a Omar bin Laden, quarto filho mais velho de Bin Laden, disse que os filhos do chefe da Al-Qaeda se reservam o direito de entrar com uma ação judicial nos Estados Unidos e internacionalmente, a fim de "determinar o verdadeiro destino de nosso pai desaparecido", afirmou o SITE Intelligence Group.

Não houve confirmação independente da autenticidade da carta, publicada no site do ideólogo islâmico Abu Walid al-Masri, mas vários especialistas em propaganda militante disseram que o texto parece genuíno.

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Omar bin Laden, que reside no Golfo Pérsico há alguns anos, não respondeu imediatamente aos pedidos por e-mail e telefone para comentar o assunto.

A carta dizia, em parte: "Consideramos o presidente americano (Barack) Obama como legalmente responsável por esclarecer o destino de nosso pai, Osama bin Laden, pois é inaceitável, humana e religiosamente, dispor de uma pessoa com tamanha importância e status entre o seu povo jogando seu corpo no mar, numa ação que humilha a sua família e seus seguidores e que desafia as regras e os sentimentos religiosos de centenas de milhões de muçulmanos."

A carta afirmou que o governo dos EUA não havia oferecido nenhuma prova de sua missão. Ele alegou que o objetivo da operação era de matar e não prender, acrescentando que depois os comandos norte-americanos teriam "se livrado do corpo às pressas".

Alguns muçulmanos têm dúvidas quanto à morte de Bin Laden por soldados dos EUA em um ataque no Paquistão em 2 de maio e subsequente eliminação de seu corpo no mar.

As perguntas têm se multiplicado desde que a Casa Branca disse que o líder da Al Qaeda estava desarmado quando soldados dos EUA invadiram por helicóptero a casa onde ele estava escondido, na cidade de Abbottabad.

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O enterro imediato de Bin Laden no mar, que muitos muçulmanos dizem que foi uma violação dos costumes islâmicos, também causou ressentimento.