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morte de Osama

Filho de Bin Laden tenta liberar família no Paquistão

Um filho de Osama bin Laden disse que está trabalhando com a Organização das Nações Unidas (ONU) para obter a libertação de sua família no Paquistão após a operação norte-americana que matou o ex-líder da Al-Qaeda em maio.

Omar bin Laden, que escreveu uma autobiografia, também disse duvidar que seu pai esteja morto depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu não publicar fotos da incursão.

"Quero enviar uma mensagem aos líderes do Paquistão: eles devem ajudar as crianças de Osama bin Laden a irem aonde quiserem. O governo paquistanês deve protegê-las, porque elas são apenas crianças e mulheres inocentes", disse Omar bin Laden à Reuters.

Omar, que, segundo consta, pouco se parece com o pai, disse que mora na capital do Catar há um ano para lançar uma construtora própria, a Catar bin Laden Group.

A família Bin Laden conquistou fortunas com a construção civil e empreendimentos imobiliários, riqueza que permitiu que Osama financiasse e planejasse ataques contra os EUA e a Arábia Saudita, acusada por ele de ir contra os princípios do Islã.

Depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York e em Washington, Osama bin Laden foi alvo de uma grande caçada humana que o forçou a ficar escondido.

No último esconderijo, um complexo ao norte de Islamabad, uma das viúvas de Bin Laden, Amal Ahmed Abdulfattah, junto a outras duas esposas e diversas crianças, foi uma das 15 ou 16 pessoas detidas pelas autoridades paquistanesas. Acredita-se que Osama tenha tido cerca de 20 filhos com várias mulheres.

O Paquistão atribuiu a falhas na inteligência o fato de não ter detectado a presença de Bin Laden. Washington tem trabalhado para verificar se o país aliado abrigou o líder da Al Qaeda, acusação negada com veemência por Islamabad.

Omar afirmou que todos os seus parentes, à exceção de sua irmã Fátima e do marido dela, deixaram o Irã, para onde vários dos filhos de Osama Bin Laden com sua primeira mulher, Najwa, fugiram em 2001.

"Graças a Deus todos, menos uma, saíram", afirmou Omar.

Ele acrescentou que não está convencido de que seu pai foi morto na operação militar dos EUA em Abbottabad, no Paquistão, em maio. Ele também não tinha certeza se seu pai viveu cinco anos seguidos no complexo onde aconteceu a incursão.

"Por que os EUA não mostraram as fotos? Se não vimos o corpo, não podemos ter certeza absoluta", disse.

As autoridades norte-americanas dizem ter decidido não divulgar as imagens pelo seu potencial de incitar violência e de ser usada como um instrumento de propaganda da Al Qaeda.

Omar afirmou, entretanto, que tem certeza de que seu irmão Khalid foi morto na operação. "Eu vi a foto e vi que era ele."

Quarto filho mais velho de Bin Laden, Omar rompeu com o pai em 2001, depois de ter vivido no Afeganistão a maior parte do período entre 1996 e 2001.

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