O fundador da Open Society Foundations, George Soros| Foto: EPA/CLEMENS BILAN
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O filho do bilionário George Soros, Alexander Soros, atual presidente da fundação Open Society, declarou apoio à candidatura de Kamala Harris para as eleições de novembro, após Joe Biden anunciar desistência neste domingo (21).

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“É hora de todos nos unirmos em torno de Kamala Harris e derrotar Donald Trump. Ela é a melhor e mais qualificada candidata que temos. Viva o sonho americano”, escreveu Alexander em seu perfil no X como legenda em uma foto ao lado da vice.

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A família Soros é conhecida por injetar milhões de dólares todos os anos em organizações que promovem causas progressistas no mundo, incluindo aquelas que defendem explicitamente o aborto e a descriminalização das drogas.

Harris recebe apoios importantes, mas não é unanimidade

Poucas horas depois de confirmar que está concorrendo à indicação presidencial democrata após a renúncia do presidente Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris recebeu apoio de alguns governadores, congressistas e do casal Bill e Hillary Clinton, embora outros tenham permanecido em silêncio até o momento.

Após desistir de concorrer à reeleição, Biden foi claro ao dar seu apoio explícito a Kamala, mas outros membros importantes do partido, como o ex-presidente Barack Obama (2009-2017), mostraram sua predisposição para um processo eleitoral mais aberto.

Os governadores da Califórnia, Gavin Newson; da Pensilvânia, Josh Shapiro; da Carolina do Norte, Roy Cooper; do Kentucky, Andy Beshear; e de Minnesota, Tim Waltz, endossaram explicitamente a candidatura de Kamala.

Outros governadores de estados importantes, como Tony Evers, de Wisconsin, e Gretchen Whitmer, de Michigan, não deixaram claro seu apoio a Harris em suas declarações que reagiram ao anúncio de Biden neste domingo.

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De acordo com o portal The Hill, Kamala e sua equipe passaram a tarde de domingo garantindo o apoio dos três principais grupos da Câmara dos Representantes.

O ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) e a ex-candidata presidencial e secretária de Estado Hillary Clinton endossaram Kamala logo após o anúncio histórico de Biden de que não buscaria a reeleição, após semanas de pressão interna, para dar lugar a alguém mais capaz de derrotar o republicano Donald Trump.

"É hora de apoiar Kamala Harris e lutar com tudo o que temos para que ela seja eleita. O futuro dos Estados Unidos depende disso", disseram os Clinton em comunicado que contrasta com a postura de Obama, que pediu ao Partido Democrata que indique um "candidato extraordinário" para as eleições de novembro.

"Vamos navegar em novas águas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surgirá um candidato extraordinário", disse Obama em comunicado, deixando em aberto um processo mais competitivo.

O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e a ex-presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi evitaram mencionar Kamala Harris em suas reações à decisão de Biden de desistir da reeleição.

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O presidente do Comitê Nacional Democrata, Jaime Harrison, prometeu que o partido obedecerá as "regras e procedimentos estabelecidos" para conduzir um processo "transparente e ordenado".

Kamala Harris emitiu uma declaração neste domingo agradecendo a Biden pelo apoio para que ela fosse a candidata democrata à indicação presidencial e confirmou que buscará a indicação, que é tradicionalmente oficializada na Convenção Nacional, a ser realizada neste ano de 19 a 22 de agosto, em Chicago.

"É uma honra ter o apoio do presidente e minha intenção é conquistar e obter essa indicação", disse em comunicado.