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Assassinato no Líbano

Filho de Hariri aplaude relatório da ONU sobre morte do pai

O filho do ex-primeiro ministro do Líbano Rafik al-Hariri elogiou neste sábado uma investigação da Organização das Nações Unidas (ONU) que envolve autoridades sírias na morte de Hariri e pediu um julgamento internacional para punir os assassinos.

- Nós, no Líbano... A família Hariri aceitamos os resultados do relatório e as conclusões colocadas pela comissão - disse Saad al-Hariri em pronunciamento televisionado da cidade saudita de Jeddah. - Pedimos o apoio da comunidade internacional à comissão internacional para que o homicídio cometido contra o Sr. Hariri seja desvendado e que os responsáveis sejam julgados em uma corte internacional. Não estamos buscando vingança, estamos buscando justiça.

Hariri e outras 20 pessoas foram mortas no dia 14 de fevereiro pela explosão de uma bomba em Beirute. O relatório apresentado pela ONU indicou que a decisão de matar Hariri "não poderia ter sido tomada sem a prévia aprovação de altas autoridades de segurança sírias" em conspiração com aliados no Líbano.

Autoridades sírias disseram que o relatório está ligado a interesses políticos e que as acusações eram falsas, mas Hariri elogiou o documento.

- A divulgação desse relatório é um importante passo na busca da verdade e da justiça no Líbano. É um passo histórico para as pessoas do Líbano, para nossa região e para as Nações Unidas - disse Hariri. - Essa é a primeira vez no Líbano e em nossa região que uma investigação chega a conclusões que possam acusar criminosos. Esperamos que isso ajude a acabar com a violência como forma de silenciar as opiniões divergentes em nossa região.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush descreveu o relatório como sendo "profundamente perturbador". Uma sessão do Conselho de Segurança já foi marcada para esta terça-feira e pode pedir à Síria que coopere com a investigação liderada pelo promotor de justiça alemão Detlev Mehlis, que divulgou o relatório de 53 páginas na noite de quinta-feira.

A Síria já afirmou neste sábado que poderá permitir que investigadores da ONU questionem autoridades sírias e negou que não irá cooperar totalmente com o inquérito de al-Hariri.

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