O tribunal de Trípoli condenou ontem Seif al-Islam, filho do falecido ditador líbio Muammar Kadafi, à morte. Outros oito ex-ocupantes de alto cargos e funcionários destacados do regime de Kadafi também foram sentenciados à pena capital. Entre eles estão o ex-chefe dos serviços secretos do ditador, Abdallah al Sanusi, e o último primeiro-ministro do regime de Kadafi, Al Baghdadi al Mahmudi.
Todos foram condenados por causa da repressão ao levante popular de fevereiro de 2011, que levou à queda do regime de Kadafi e à morte do ditador, em outubro do mesmo ano. Foram condenados ainda o ex-presidente dos serviços secretos, Abuzid Omar Durda; o ex-responsável de Guarda Popular, Mansur du; e o ex-presidente de Segurança Interior, Milad Raman. Quatro acusados não foram condenados à morte, entre eles o ex-ministro de Relações Exteriores Abdelah Al Aati.
Considerado durante muito tempo como herdeiro político de seu pai, Seif al-Islam foi preso em Zintan, a 159 quilômetros de Trípoli, em novembro de 2011. A milícia que o deteve se negou a entregá-lo ao governo desde a captura.
A ONU declarou que o julgamento de al-Islam não foi justo e não concordou com a condenação à morte. Entre as deficiências mais graves detectadas está o fato de não terem sido estabelecidas responsabilidades individuais em relação a delitos concretos. A ONU também criticou problemas no acesso de advogados e julgamentos realizados à revelia dos acusados.
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