Revolta
Repressão deixa 36 mortos na Síria
Forças sírias entraram em confrontos com manifestantes opositores ao regime de Bashar al-Assad e mataram ao menos 36 pessoas ontem, quando abriram fogo em protestos espalhados pelo país, segundo testemunhas e organizações de direitos humanos.
Os manifestantes pediam que Assad deixasse o poder e queriam proteção internacional depois que a Otan, a aliança militar do Ocidente, anunciou o fim de sua missão na Líbia, fundamental para derrubar Muamar Kadafi. Opositores do ditador querem que a ONU aceite bloquear voos em algumas zonas, como foi feito na Líbia.
Protestos similares surgiram em toda a Síria depois das orações semanais, disseram os ativistas, acrescentando que eles ganharam novo fôlego após a morte de Kadafi.
De acordo com o Observatório dos Direitos Humanos Sírio, Forças de segurança cercaram mesquitas e realizaram prisões.
A ONU estima que mais de 3 mil pessoas, a maioria civis, já foram mortas durante a repressão das forças sírias desde o início dos protestos, em março.
A agência oficial de notícias "Sana" informou que milhares de pessoas se reuniram na cidade litorânea de Latakia, no noroeste sírio, em rejeição à intromissão estrangeira.
O regime de Assad considera que os opositores são integrantes de grupos armados que buscam desestabilizar o país com apoio do exterior, e nega as críticas internacionais pedindo que seu regime interrompa a repressão violenta contra os civis.
Folhapress
O Tribunal Penal Internacional (TPI) está conduzindo negociações indiretas com Saif al Islam, 39. Ele é filho do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, morto no dia 20. É possível que Saif se entregue para ser julgado, de acordo com anúncio feito hoje pelo tribunal. Antes da insurgência na Líbia, Saif era considerado o herdeiro político de Gaddafi.
Segundo Luis Moreno Ocampo, promotor-chefe do TPI, o diálogo com Saif está sendo feito por meio de intermediários. Ele tem sido assegurado de que terá um julgamento justo e de que ele poderá encontrar um novo país para morar, no caso de ser absolvido ou de vir a cumprir uma sentença de prisão. Ocampo diz não saber onde o líbio está atualmente.
Saif e o ex-chefe de de segurança e cunhado de Kadafi, Abdullah al-Senussi, de 62, são os fugitivos mais procurados do círculo interno do coronel líbio.
Durante esta semana, foi especulado que o filho do ditador estivesse no deserto do Níger, a caminho de Mali - para onde fugiu Senoussi. Ele estaria recebendo a ajuda de nômades tuaregs, que apoiavam Kadafi. Senussi viajou do Níger para o Mali na quinta-feira, segundo fontes da área de segurança dos dois países.
Tanto Senoussi quanto Saif foram acusados pelo TPI em junho passado pelo assassinato e tortura praticados contra insurgentes na Líbia. A revolta, iniciada em fevereiro, culminou na morte do ditador, na semana passada.
O governo do Mali afirmou que, assim como Ocampo, o país não sabe do paradeiro de Saif. Soumeylou Boubeye Maiga, ministro das Relações Exteriores, disse porém que o país "irá respeitar suas obrigações em relação ao TPI". Ou seja -o país poderia entregar os procurados caso eles sejam capturados ali.
O Tribunal teme que Saif fuja para um país africano que não coopere com seus procedimentos. Ocampo cita o Zimbábue como possível destino para ele. A organização Human Rights Watch disse hoje que o fato de o TPI estar em contato com Saif marca um novo momento no caso da Líbia.
Também oram acusados pela corte o ditador do Sudão, Omar Bashir, devido ao genocídio na região de Darfur.
Como o órgão não tem força policial própria, ele depende dos Estados membros para executar as prisões.
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