O filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a iraniana que foi condenada à morte por apedrejamento, foi libertado neste sábado (1º) sob fiança. Sajjad Qaderzadeh disse aos jornalistas na cidade de Tabriz, no noroeste do país, que ele saiu da cadeia após pagar a fiança e que agora está livre. Ele foi detido em outubro após conversar com dois jornalistas alemães sobre o caso de sua mãe.
Não se sabe se Qaderzadeh foi formalmente acusado, mas contou que foi detidos porque os jornalistas não haviam recebido autorização para falar com ele. Os alemães continuam presos por trabalharem no país após terem entrado em território iraniano com vistos de turista.
Sakineh Ashtiani foi condenada, em 2006, à morte por apedrejamento sob a acusação de adultério e assassinato de seu marido no ano anterior. Em razão da reação internacional a respeito da sentença, a execução foi suspensa e está em revisão no Tribunal Superior. Ela também foi condenada por auxílio no assassinato de seu marido e pode ser executada por enforcamento.
Qaderzadeh disse aos jornalistas que não duvida da culpa de sua mãe, mas pediu que a pena de morte por apedrejamento seja comutada. "Eu não acho que minha mãe seja inocente. Ela é culpada", afirmou. "Porém, a decisão tem de ser tomada pelas autoridades do país. Elas podem substituir a sentença de morte por apedrejamento por outro veredicto."
O apedrejamento foi imposto de forma ampla no Irã após a revolução islâmica de 1979, mas o Judiciário do país costuma comutar essas penas, que geralmente são substituídas por outros tipos de punição.
O último apedrejamento no Irã foi realizado em 2007. Pelas leis islâmicas, homens condenados ao apedrejamento são enterrados até a cintura, enquanto as mulheres são enterradas até o peito, incluindo os braços. Pedras são jogadas até a morte do condenado.
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