O filho fugitivo de Muammar Kadafi, Saif al-Islam, e o ex-chefe da inteligência Abdullah al-Senussi propuseram se entregar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, disse um oficial militar líbio do Conselho Nacional de Transição (CNT), nesta quarta-feira (26). "Eles estão propondo uma forma de se entregarem a Haia", disse Abdel Majid Mlegta à Reuters na Líbia. O TPI, no entanto, informou que não tem a confirmação dessa informação. "Não temos a confirmação sobre isso agora. Estamos tentando entrar em contato com o CNT para obter mais informações", disse o porta-voz do TPI, Fadi El Abdallah. Saif al-Islam é procurado pelo tribunal de crimes de guerra, assim como foi seu pai. Há também um mandado de busca contra Senussi. Saif al-Islam está foragido desde que forças líbias entraram na cidade-natal de seu pai, Sirte, no fim de semana. Acredita-se que ele esteja em algum ponto da fronteira sul da Líbia com o Níger. Mlegta afirmou que sua informação provém de fontes da inteligência que lhe contaram que Saif al-Islam e Senussi estavam tentando selar um acordo para se entregarem à corte por meio de um país vizinho, que não teve o nome citado por ele. Eles teriam concluído que não era mais seguro permanecer na Líbia ou partir para a Argélia ou o Níger, dois países onde familiares de Kadafi já estão abrigados. "Eles acreditam que não é seguro para eles permanecer onde estão ou ir a qualquer lugar", afirmou Mlegta.

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De qualquer forma, eles disseram que o Níger pedia muito dinheiro para que ficassem no país. Em junho, o TPI emitiu mandados de prisão para Kadafi, Saif al-Islam e Senussi sob a acusação de crimes contra a humanidade depois que o Conselho de Segurança da ONU levou a situação líbia ao tribunal em fevereiro. Os três foram indiciados por crimes contra a humanidade pela violenta repressão do regime da Líbia aos manifestantes em fevereiro. O procurador do TPI, Luis Moreno-Ocampo, disse que a operação foi "pré-determinada" para calar o levante.