Um pedido formal de indulto humanitário para o ex-presidente peruano Alberto Fuijimori foi apresentado esta quarta-feira (10) ao governo por seus filhos, argumentando que o pai sofre de um câncer de boca, afirmou sua filha, Keiko Fujimori. "Acabamos de apresentar o pedido de indulto humanitário para nosso pai, Alberto Fijimori, que está embasado segundo critérios médicos, reunimos toda a patologia das cinco operações que meu pai fez na língua", disse Keiko Fujimori à imprensa presente no local.

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Fujimori, de 74 anos, cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade cometidos durante seu governo (1990-2000). Seus quatro filhos - Hiro Alberto, Keiko, Sachi e Kenji - apresentaram várias pastas com toda a argumentação do pedido de indulto humanitário ao ministério da Justiça.

Após a apresentação dos documentos, os filhos de Fujimori se dirigiram ao Palácio do governo para entregar uma carta ao presidente Ollanta Humala.

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"Vamos entregar uma carta ao presidente Ollanta Humala para informar-lhe que foi apresentada esta solicitação... Será uma carta pessoal dos quatro filhos para que tenha conhecimento que o procedimento foi apresentado", afirmou Keiko Fujimori.

O eventual indulto humanitário ao ex-presidente preso mantém o Peru dividido há semanas e supera o tema de sua saúde para se tornar em debate político, que confronta simpatizantes e críticos do ex-chefe de Estado.

Sua família e partidários sustentam que Fujimori sofre de um câncer que compromete gravemente a sua saúde, razão pela qual precisa do indulto por razões humanitárias.

Os críticos do 'fujimorismo' rejeitam esta possibilidade e avaliam que o câncer na língua de que padece Fujimori não é grave, ao mesmo tempo em que advertem que o pedido de indulto tem conotações políticas e suspeitam de uma possível negociação entre o governo e os fujimoristas.

O primeiro-ministro Juan Jiménez disse dias atrás que "o governo vai tomar distância" da solicitação porque se trata de um assunto "eminentemente médico e não queremos ingerência política para determinar se procede ou não".

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