O poderoso tufão Megi deixou a principal ilha das Filipinas, mas seguia rumo à China. Num balanço dos danos, autoridades filipinas disseram que não havia mais necessidade de o país importar arroz neste ano para cobrir os estragos causados às plantações.

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O tufão Megi, que, segundo autoridades, matou dez pessoas nas Filipinas até agora, deve atingir a província chinesa de Guangdong na sexta-feira ou no sábado, afirmou a agência estatal de notícias da China, a Xinhua.

Há informações de enchentes no Vietnã e no nordeste da Tailândia, onde milhares de pessoas ficaram desabrigadas e quatro morreram.

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Nas Filipinas, funcionários da agência nacional encarregada de desastres tentavam chegar a cidades e vilarejos costeiros do Leste, dizendo que aparentemente a maioria das casas foi destruída. O Megi, que se tornou a mais forte tempestade deste ano, atingiu terra firme como um supertufão de categoria 5, com ventos acima dos 250 quilômetros por hora na segunda-feira.

O chefe da Autoridade Nacional de Alimentos, que gerencia os estoques de grãos nas Filipinas, afirmou que, embora plantações de arroz tenham sido destruídas no vale do Cagayan, a segunda maior região produtora da nação, não há a necessidade de importações para este ano.

"Os danos à colheita de palay (arroz bruto) em Luzón, no norte, ainda estão sendo avaliados, mas relatórios parciais mostram que os problemas são controláveis", afirmou Angelito Banayo em mensagem de texto enviada à Reuters.

Estimativas iniciais dos danos do tufão ao arroz bruto no vale Cagayan, que ficou no caminho direto do Megi, tinham variações, com três estimativas feitas por autoridades do departamento de agricultura colocando as perdas entre 52 mil e 105 mil toneladas.

Esses número estão bem abaixo do pior cenário possível, de 230 mil toneladas, embora o governador da província de Isabela, que inclui parte do vale, tenha estimado as perdas em 385 mil toneladas.

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Números da Secretaria de Estatísticas da Agricultura mostraram que o vale Cagayan foi responsável por 2,1 milhões de toneladas, ou 13 por cento da produção nacional de arroz, em 2009.

A agência nacional de desastres informou que até agora foram registradas dez mortes, uma contagem baixa para um tufão tão forte em um país de cerca de 94 milhões de habitantes. Mais de 3 milhões de pessoas moram no vale Cagayan, onde a tempestade chegou primeiro. O governo liderou a remoção de pessoas de lá e de outras regiões costeiras.

Centenas de milhares de pessoas foram afetadas em três regiões no norte do país quando chuvas pesadas e fortes ventos destruíram ou danificaram casas, arrancaram árvores, acabaram com plantações de arroz e causaram deslizamentos de terra, isolando quatro cidades costeiras na província de Isabela.

Autoridades da agência de desastres na região da montanha Cordillera disseram que mais de 180 mil pessoas, em cinco províncias e na cidade de Baguio, foram afetadas pelo tufão, mas menos de 3 mil estavam em abrigos.

Quase todo o resort de Baguio estava sem energia devido à queda de árvores e linhas de transmissão, e regiões mais baixas estão inundadas, forçando centenas de pessoas a procurar abrigos temporários.

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