Sobreviventes angustiados buscavam no sábado entre pilhas de cadáveres os rostos de seus parentes queridos na região central das Filipinas após a passagem do tufão Durian que deixou centenas de mortos. Fortes chuvas e ventos de até 225 quilômetros por hora retiraram na sexta-feira toneladas de lama e pedras das encostas do monte Mayon, um vulcão ativo a cerca de 320 quilômetros ao sul de Manila.
O governador da província mais afetada, Albay, disse que uma parede de água de 1,8 metro se chocou contra o vulcão.
``Não vimos nada como isso talvez em cem anos. Perdemos tudo'', disse Fernando Gonzales à Reuters, acrescentando que 100 pessoas morreram pela força da água.
Na região rural de Bicol, o órgão da defesa civil informou que 208 pessoas morreram e 261 estavam desaparecidas. O total aumentava à medida que as equipes de socorro --em que alguns dos funcionários usavam suas próprias mãos-- retiraram da lama os cadáveres e partes de corpos.
Quase 45 mil pessoas ficaram desabrigadas e comunidades inteiras foram isoladas. As linhas de eletricidade e de telefonia também entraram em colapso, assim como as pontes e estradas.
O Durian se movimentou na sexta-feira em direção ao Mar do Sul da China depois de atingir quase 800.000 pessoas nas Filipinas e se espera que diminua de intensidade antes de chegar ao Vietnã na segunda-feira.