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Estátua de Cristo recuperada após desastre em Tacloban | Damir Sagolj /Reuters
Estátua de Cristo recuperada após desastre em Tacloban| Foto: Damir Sagolj /Reuters

Danos

Programa de assistência recebe 2 milhões de pedidos de Tacloban

A Tricare, um programa de ajuda para militares dos Estados Unidos e aposentados do mundo todo, recebeu pedidos de auxílio de 2 milhões de pessoas por casas danificadas em Tacloban, de acordo com Andrea Colley-Lopez, gerente da International SOS Assistance. "As Filipinas sempre serão a ruína da nossa existência", disse ela, acrescentado que os provedores de assistência médica também encaminharam pedidos fraudulentos, o que prejudica o trabalho de ajuda às vítimas legítimas do tufão.

Autoridades alertaram os órgãos doadores e o público sobre duas pessoas, incluindo uma que usava o sobrenome do presidente Benigno Aquino e estavam solicitando ajuda em nome do governo.

Com milhões de dólares destinados a ajudar mais de 4 milhões de pessoas desabrigadas por um tufão nas Filipinas, as autoridades enfrentam um problema familiar no país: como impedir fraudes e evitar que políticos corruptos se aproveitem da situação.

O tufão Haiyan arrasou o país em 8 de novembro, devastando quase tudo em seu caminho e matando mais de 4 mil pessoas. Até o momento, quase US$ 300 milhões em dinheiro e em mercadorias foram prometidos por países e entidades doadoras ao governo, que está sobrecarregado e recebeu críticas pela resposta lenta nos primeiros dias após o desastre.

O Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Asiático se comprometeram a fornecer um total de mais de US$ 1 bilhão em doações e empréstimos de emergência para apoiar a reconstrução e serviços emergenciais.

Somem-se a isso os milhões levantados pelo setor privado, já que filipinos se empenharam em todo o mundo em atividades de arrecadação de recursos, e o resultado é um alvo lucrativo para golpistas e funcionários públicos inescrupulosos, em um dos países mais corruptos do Leste da Ásia.

As Filipinas aparecem em 105.º lugar no índice de percepção de corrupção elaborado pela Transparência Internacional, que inclui 176 países e tem a Nova Zelândia como o país menos corrupto. "É uma grande dúvida na comunidade internacional de provedores de ajuda, especialmente ao ponto de ONGs internacionais estarem preocupadas", disse o secretário de Orçamento, Florencio Abad.

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