Obama admite chamar republicanos para formar o governo
O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, disse que pode convidar republicanos para participar de seu governo se ganhar a eleição presidencial norte-americana da próxima semana.
Obama mantém ou amplia vantagem nos estados-chave, diz pesquisa CNN-Time
Novas pesquisas sobre a intenção de voto divulgadas nesta quinta-feira (30) mostram que o candidato democrata, Barack Obama, mantém ou aumenta a vantagem sobre o candidato republicano, John McCain, nos estados-chave, enquanto os eleitores indecisos começam a se definir a poucos dias da eleição presidencial.
"Infomercial" de Obama lidera audiência nos EUA
O "infomercial" (comercial informativo) levado ao ar na noite desta quarta-feira (29) pela campanha de Barack Obama foi visto por 26,4 milhões de espectadores em três grandes redes de TV dos EUA, uma audiência ligeiramente superior à média do horário nobre, segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (30).
A 5 dias das eleições, McCain e Obama trocam ataques
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, voltou nesta quinta-feira (30) aos ataques contra seu rival democrata Barack Obama, acusando-o de favorecer indevidamente empresas petrolíferas. A cinco dias das eleições de 4 de novembro, McCain usou a notícia de que a petrolífera americana Exxon-Mobil Corp. obteve o maior lucro da sua história para criticar a Obama, que segundo ele teria favorecido exonerações de tributos às petrolíferas.
Juíz mantém suspeitos de plano para matar Obama presos
Um juiz federal determinou nesta quinta-feira (30) que os dois neonazistas acusados de conspirar para matar o candidato presidencial democrata, Barack Obama, devem permanecer presos. O plano dos dois também incluía a morte de dezenas de outros negros.
- Obama admite chamar republicanos para formar o governo
- Obama leva ao ar programa de TV milionário
- "Vamos consertar o país e mudar o mundo", diz Obama em anúncio milionário
- McCain diz que Chávez está arruinando a Venezuela
- Indeciso, Ohio pode definir a eleição nos EUA
- Obama mantém-se à frente de McCain nos estados-chave, mostram pesquisas
Pode já ser tarde demais para a tão discutida "surpresa de outubro", mas o democrata Barack Obama e o republicano John McCain precisam estar atentos para o fatídico "último fim de semana".
A reta final das duas últimas eleições presidenciais teve fatos inesperados, que aparentemente influenciaram o resultado de disputas muito apertadas.
A cinco dias da eleição de 4 de novembro, a chance de um fato que possa virar o jogo em favor de McCain parece cada vez mais remota, mas continua existindo.
"O último fim de semana pode ser um período muito esquisito e estranho em uma campanha presidencial", disse Steven Schier, analista político da Faculdade Carleton, em Minnesota.
"É quando os últimos eleitores que não estavam prestando atenção se ligam, e os últimos indecisos se decidem. Coisas estranhas podem acontecer."
Em 2004, Osama bin Laden, líder da al-Qaeda, fez um pronunciamento na sexta-feira prévia à eleição, deslocando a discussão para a ameaça terrorista, possivelmente ajudando na reeleição de George W. Bush - como seu adversário John Kerry admitiria posteriormente.
Em 2000, a última polêmica da campanha surgiu na quinta-feira prévia ao pleito - Bush, então governador do Texas, havia sido preso em 1976 por dirigir embriagado, e nunca revelara publicamente o fato.
Assessores disseram que essa denúncia custou a Bush a ligeira vantagem que ele tinha nas pesquisas nacionais de voto. O democrata Al Gore venceu a eleição nacional, mas perdeu a disputa no Colégio Eleitoral, depois da recontagem dos votos na Flórida.
Pesquisas de boca-de-urna indicaram que a revelação de fato afetara a votação de Bush nos últimos dias.
Até agora, esta campanha tem estado isenta desses sobressaltos, que já configuram uma tradição na política norte-americana - as "surpresas de outubro", que mudam eleições a poucos dias do pleito (sempre no começo de novembro). Foi assim em 1980, quando Jimmy Carter, candidato a reeleição, perdeu para Ronald Reagan depois do fracasso das negociações para libertar reféns no Irã.
O fenômeno já havia quase ocorrido em 1968, quando Lyndon Johnson mandou parar os bombardeios no Vientã do Norte, a uma semana da eleição - o que não evitou que o republicano Richard Nixon derrotasse o candidato governista Hubert Humphrey.
Mas, neste ano, a surpresa de outubro veio em setembro - a crise de Wall Street e o respectivo pacote financeiro, que inclinaram as pesquisas em favor de Obama, mais bem avaliado pelo eleitorado em questões econômicas. Tamanha crise econômica global no meio de uma campanha era algo inédito.
Há poucas surpresas que McCain e Obama propriamente possam preparar para esta reta final. Ambos passarão o último fim de semana em Estados estratégicos, como Flórida, Ohio, Missouri e Colorado.
Nas pesquisas nacionais, Obama lidera por uma margem de 3 a 8 pontos percentuais. Na pesquisa Fox News de quinta-feira, a vantagem do democrata caiu em uma semana de 9 para 3 pontos. Nessa pesquisa, ainda há 6 por cento de indecisos. Em outras, o contingente é ainda maior.
"A esta altura, ainda há muitos indecisos que podem se decidir. Fatos no final podem realmente determinar o resultado de corridas apertadas."