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Classificação de risco

Fitch reduz nota da Argentina e projeta inflação de 100% este ano

O presidente argentino, Alberto Fernández: relatório de agência de classificação de risco apontou que acordo com FMI não afastou possibilidade de calote (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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A agência de classificação de risco Fitch reduziu nesta quarta-feira (26) a nota da dívida soberana a longo prazo da Argentina devido aos “profundos” desequilíbrios macroeconômicos que persistem no país sul-americano.

A Fitch rebaixou a classificação da Argentina de CCC (risco de crédito substancial) para CCC-.

Em relatório, a agência afirmou que a queda da classificação reflete os “profundos desequilíbrios macroeconômicos” e “uma posição de liquidez externa altamente limitada” da Argentina, que a Fitch espera que afete cada vez mais a capacidade do país sul-americano para pagar à medida que os serviços da dívida em moeda estrangeira aumentam nos próximos anos.

De acordo com a Fitch, o acordo de facilidades estendidas assinado pela Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em março “ainda não provou ser uma âncora sólida” para aumentar as reservas cambiais do país e melhorar as perspectivas de recuperação do acesso ao mercado internacional da dívida, “aumentando os riscos de um potencial evento de crédito”.

A Fitch acredita que a capacidade da Argentina para pagar a sua dívida em moeda local também está afetada.

De acordo com a análise da agência, uma grande carga de vencimentos em pesos que expiram no ano que vem “pode ser difícil de refinanciar”, caso o mercado acelere seu nervosismo no período que antecede as eleições presidenciais da Argentina.

A Fitch projeta que a inflação, um dos principais desequilíbrios macroeconômicos da Argentina, atinja 100%, contra 51% em 2021.

Se atingir essa taxa, será o “nível mais alto da Argentina em décadas, impulsionado pelo excesso monetário, pressões globais sobre os preços e expectativas de desvalorização que contaminam os comportamentos de fixação de preços”, concluiu.

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