Lima – A angustiante apuração dos votos da eleição presidencial peruana ainda não conseguiu definir quem disputará o segundo turno com o candidato nacionalista Ollanta Humala. A contagem oficial dos votos e as projeções feitas pelos institutos de pesquisa apontam uma diferença minúscula entre a direitista Lourdes Flores e o ex-presidente de centro-esquerda Alan García. Com 74,76% das urnas apuradas até agora, a distância entre os dois era de 0,21% a favor de García, que tinha 24,97% dos votos, contra 24,76% de Lourdes. Humala aparecia na frente, com 29,6%, e declarou-se vencedor: "Eu me considero o ganhador. Espero que as forças políticas tradicionais observem isso".

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Já a maioria das projeções feitas pelos institutos de opinião sobre os resultados apurados mostrava um pequena vantagem a favor de Lourdes, mas dentro da margem de erro. O instituto Apoyo, por exemplo, apontou 24,3% para Flores e 23,8% para García. A disputa acirrada entre Flores e García tem gerado especulações sobre uma possível guerra de recursos, o que pode atrasar o segundo turno, inicialmente previsto para 7 de maio. A legislação prevê 30 dias de campanha após o anúncio oficial do resultado.

Na eleição parlamentar, a coligação de Humala conseguiu 43 das 120 vagas no Congresso, seguido pelo partido de García, o Apra, com 35 eleitos, de acordo com projeção do instituto Apoyo. Já o partido do combalido presidente Alejandro Toledo, que não lançou candidato a sucedê-lo, corre o risco de desaparecer do próximo Congresso. Segundo a projeção do Apoyo, o seu partido, Peru Possível, pode não atingir a barreira de 4% do total de votos . Já a coalizão do ex-presidente Alberto Fujimori, atualmente preso no Chile, deve conseguir a quarta maior bancada, com 15 parlamentares.

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