A procuradora-geral do estado da Flórida, Ashley Moody, processou o governo do presidente Joe Biden, do Partido Democrata, por não informar sobre as políticas que permitem a libertação de imigrantes criminosos das prisões dos Estados Unidos.
O gabinete da procuradora-geral apresentou uma ação nesta terça-feira (3) em um tribunal federal da Flórida, alegando que o governo não respondeu à solicitação formal do estado, em março, sobre os motivos que impedem a deportação de imigrantes que cumpriram suas sentenças nas prisões da Flórida.
Em comunicado, Moody observou que a atual gestão da Casa Branca se recusa a deportar imigrantes ilegais perigosos quando eles são liberados da prisão, acrescentando que o não cumprimento de sua solicitação reflete que "não entregarão documentos que mostram esse plano perigoso e ilegal em tempo hábil".
Quando Moody fez a solicitação, amparada da Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês), em março deste ano, enfatizou que o governo federal "tem pleno conhecimento" de que prisioneiros de outros países estão entrando nos EUA pela fronteira.
"Exigimos saber as razões pelas quais o governo Biden está liberando criminosos estrangeiros ilegais nas prisões dos EUA diretamente para o interior, em vez de deportá-los de volta para seu país de origem", questionou à época.
Na ação, Moody pede uma medida cautelar para ver os registros que mostram as discussões entre a agência de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) e o departamento federal de prisões e, especificamente, se os funcionários do ICE se recusaram a assumir a custódia de imigrantes liberados das prisões.
Moody inclusive se referiu a relatos recentes de uma suposta aquisição de um condomínio residencial no Colorado por uma “gangue criminosa estrangeira”, referindo-se à facção transnacional Tren de Aragua, uma alegação que foi desmentida pela polícia local, apesar de haver vídeos circulando nas redes que apontam para a atuação da facção no estado.
A chefe interina do Departamento de Polícia de Aurora (APD), Heather Morris, disse aos repórteres que "membros de gangues não se apoderaram" do condomínio The Edge of Lowry, localizado na fronteira entre Aurora e Denver.
"Não estou dizendo que não existam membros de gangues que não vivam nessa comunidade", frisou Morris.
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