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Crise econômica

FMI aprova nova liberação de US$ 7,5 bilhões para Argentina refinanciar dívida

O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, está em viagem nos EUA para reuniões com bancos (Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni)

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um novo desembolso de US$ 7,5 bilhões para a Argentina, segundo informou nesta quarta-feira (23) em Washington um porta-voz do Ministério da Economia argentino.

O anúncio da liberação de recursos para refinanciar a dívida do país acontece no âmbito da visita do ministro da Economia argentino, Sergio Massa, à capital americana, onde pretende se reunir com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.

Os fundos aprovados nessa quarta-feira são a primeira parcela de um desembolso de US$ 10 bilhões no marco de um acordo com o FMI, que foi adiada pela agência enquanto aguarda a avaliação dos resultados das eleições primárias na Argentina. O próximo desembolso deverá ser aprovado em novembro deste ano.

Massa antecipou ontem que sua reunião com Georgieva servirá para discutir “todo o procedimento de desembolsos”, levando em consideração os empréstimos que a Argentina adquiriu com o Catar, China e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para cumprir seus prazos com o Fundo.

O ministro argentino reuniu-se também com a diretora-gerente de Operações do Banco Mundial, Anna Bjerde, e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasileiro Ilan Goldfajn.

Dívida com o FMI

A Argentina e o FMI assinaram um acordo em 2022 de refinanciamento de uma dívida estimada em US$ 45 bilhões, que foi contraída no ano de 2018, durante o governo de Mauricio Macri (2015-2019).

Nas eleições primárias, realizadas em 13 de agosto, a vitória do libertário Javier Milei, com 30,04% dos votos, virou o tabuleiro eleitoral e fez o próprio FMI entrar em contato com ele e com a candidata da oposição de centro-direita Patricia Bullrich, terceira líder mais votada, atrás de Massa, para trocar posições econômicas em caso de um eventual governo.

No encontro, o candidato libertário, que é economista, se comprometeu a realizar um ajuste fiscal mais rigoroso do que o exigido à Argentina pelo fundo, caso seja eleito em outubro.

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