FMI cobra compromisso de países pobres com equilíbrio fiscal e combate à corrupção

A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou neste domingo (28) que os países pobres devem “cumprir com sua parte” para receber o apoio econômico das nações ricas, especialmente em termos de reestruturação da dívida e para cobrir suas necessidades financeiras. "Os países pobres também devem fazer sua parte. Devem cobrar impostos, combater a corrupção, melhorar a qualidade de seus gastos e demonstrar que estão comprometidos com seu próprio povo", disse Georgieva em um painel na reunião especial do Fórum Econômico Mundial, que começou hoje em Riad, capital da Arábia Saudita.

A diretora do FMI afirmou que, se estas condições forem cumpridas, os países ricos deverão responder com “uma grande quantidade de ajuda internacional para a reestruturação da dívida”, entre outros aspectos. “É hora de reconhecer que estamos juntos neste pequeno barco chamado mundo, e que os países ricos não podem dizer aos pobres que ‘seu lado do barco está vazando’. Todos nós afundaríamos”, disse a economista.

Ela ressaltou que as economias mundiais têm sido resilientes, apesar dos choques dos últimos anos e lembrou que o FMI melhorou a projeção de crescimento global para 3,2% para 2024, principalmente devido ao bom desempenho econômico de "um pequeno número de países ", como Estados Unidos e China. Por isso, estabeleceu que as prioridades “imediatas” dos países deveriam ser reduzir a inflação, reconstruir suas reservas fiscais para enfrentar os choques externos, e encontrar “maneiras de cooperar mais, porque a fragmentação da economia é certamente má para as perspectivas de crescimento". (Com Agência EFE)