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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão para o crescimento dos Estados Unidos em 2015, de acordo com um documento divulgado nesta quinta-feira (3) avaliando a economia do país. A expectativa é de expansão de 2,5% este ano, abaixo da estimativa anterior, divulgada em abril, que previa alta de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.

A previsão para crescimento de 2016 também foi ajustada, mas em ritmo menor. A expectativa é que o PIB avance 3,0% no ano que vem, ante 3,1% estimado no relatório divulgado em abril, quando o FMI fez sua reunião de primavera em Washington. No ano passado, o país cresceu 2,4%.

O FMI argumenta que a desaceleração da economia dos EUA no primeiro trimestre, quando o PIB caiu 0,7% em valores anualizados, se deveu a fatores temporários, como o inverno rigoroso e a greve nos portos da costa oeste. Mas o fraco resultado do PIB no começo do ano deve contaminar todo o desempenho do indicador de 2015.

O mercado de trabalho nos EUA vem melhorando, com alguns indicadores voltando a níveis pré-crise financeira mundial, destaca o FMI. Ao mesmo tempo, fraquezas permanecem, incluindo o ainda elevado número de pessoas trabalhando em empregos de meio período e a desistência de outras de procurar trabalho, o que reduz a taxa de participação e contribui para a queda do desemprego.

Já o dólar forte tem tido impactos negativos no crescimento econômico, criação de vagas e na inflação, de acordo com o relatório. O FMI alerta que há o risco de que a moeda continue se valorizando ainda mais, o que seria danoso para a atividade econômica. O dólar vem subindo de forma “rápida”, ressalta o Fundo, por conta da divergência de política monetária entre os EUA e outros países e com os investidores procurando aplicar em ativos do país, em meio às expectativas de alta de juros.

A inflação nos EUA deve continuar abaixo da meta do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de 2,0%, neste ano e no próximo. Em 2015, o Fundo projeta que o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE), que é a medida preferida de inflação do Fed, aumente 0,7%. Para 2016, o indicador deve subir 1,5%. A previsão do FMI é que a inflação se aproxime da meta do BC apenas em meados de 2017.

A taxa de desemprego dos EUA deve seguir em queda, embora em ritmo menos intenso. Depois de ficar no quarto trimestre de 2014 em 5,7%, a previsão do FMI é que no mesmo período deste ano fique em 5,3% e em 5,2% em 2016.

Reformas

O FMI alerta que “bolsões de riscos” de estabilidade financeira estão surgindo nos EUA, por isso, volta a falar da necessidade de avançar nas reformas do sistema, de modo a garantir um setor mais resistente. “As reformas regulatórias permanecem incompletas”, afirma o documento.

Fora do setor financeiro, o FMI fala que os desafios de melhora das contas fiscais, da produtividade e redução da pobreza permanecem amplamente não resolvidos.

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