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Prédios no Centro de Buenos Aires | JUAN MABROMATA/AFP
Prédios no Centro de Buenos Aires| Foto: JUAN MABROMATA/AFP

O diretório executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou em comunicado nesta sexta-feira que concluiu a primeira revisão do acordo de ajuda para a Argentina. Com isso, foi liberada uma parcela de US$ 5,7 bilhões desse pacote.

O acordo foi aprovado inicialmente em 20 de junho de 2018 e tem duração de 36 meses, lembrou o FMI na nota. Com a parcela liberada hoje, as autoridades argentinas já receberam desembolso de aproximadamente US$ 20,4 bilhões, disse o Fundo.

A nota diz ainda que o conselho do FMI também aprovou a ampliação do acordo, que incrementa o acesso até aproximadamente US$ 56,3 bilhões. "As autoridades solicitaram usar este financiamento do FMI como apoio", afirma o comunicado. 

Votação tensa

O anúncio acontece horas depois de um debate tenso e violentos protestos de manifestantes, no qual os deputados da Argentina aprovaram o projeto de lei de orçamento para 2019, que contempla a forte redução do déficit exigida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). 

Os governistas conseguiram o apoio necessário de um setor do peronismo opositor para que o orçamento fosse aprovado com 138 votos na madrugada da quinta-feira. Outros 103 legisladores votaram contra e oito se abstiveram. A iniciativa foi enviada ao Senado. 

Para conseguir aprovar o texto, o governo do conservador Mauricio Macri negociou longamente com governadores de províncias peronistas, que obtiveram fundos a partir de modificações que exigiram. O documento projeta um dólar em 2019 em média em 40,10 pesos, uma contração econômica de 0,5% e uma inflação de 23% no fim do próximo ano. O objetivo é passar de um déficit primário de 2,6% do PIB neste ano para "déficit zero" em 2019. 

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O governismo espera que o déficit em conta corrente (saldo em transações internacionais) recue para cerca de US$ 9,9 bilhões em 2019, de US$ 22,4 bilhões estimados para este ano. 

Os protestos têm aumentado nos últimos meses na Argentina por causa do forte aumento da luz, da água, do gás e do transporte público, com uma inflação que se prevê que chegue a pelo menos 44% neste ano. O Banco Central ainda projeta contração econômica de 2,5% neste ano no país.

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