O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que a perspectiva para a economia global continua se deteriorando e uma resposta mais decisiva dos países é necessária.
"As ações tomadas até agora não são suficientes", afirmou ele em discurso, em Madri, acrescentando que "enfrentamos um declínio sem precedentes na produção".
Após diversas revisões em baixa das projeções econômicas globais este ano, Strauss-Kahn disse que as novas previsões que o FMI prepara para janeiro provavelmente serão "piores".
Atualmente, o FMI espera que a economia global desacelere para expansão de 3 7% este ano e de 2,2% em 2009. A projeção do ano que vem está abaixo do nível de 3% que o Fundo tradicionalmente considera como limite para recessão mundial.
Para Strauss-Kahn, uma ação vigorosa dos governos é necessária para melhorar a confiança nos agentes econômicos e estimular a atividade. "Cada dia traz uma nova evidência de que a psicologia mudou", disse.
Neste contexto, Strauss Kahn afirmou que os governos precisam adotar medidas para apoiar os mercados financeiros, como, por exemplo, recapitalizar bancos, e precisam elevar os gastos para estimular a demanda doméstica.
Strauss-Kahn disse que o FMI acredita que a economia mundial pode começar a se recuperar no final de 2009 ou começo de 2010, mas uma resposta de política mais ativa é necessária para produzir esse resultado. Sem isso, "a possível recuperação pode ser adiada em seis meses, um ano, ninguém sabe", afirmou. "Estou preocupado que alguns países anunciaram grandes medidas", mas mostraram relutância em implementá-las, disse Strauss-Kahn.
Além disso, afirmou ele, instituições como o FMI precisam oferecer suporte de liquidez para economias emergentes que sofrem crises no balanço de pagamentos. Ele instou os países membros a aumentar as contribuições para que o Fundo possa realizar essa tarefa. "Temos dinheiro suficiente agora, mas em seis meses, eu não sei", disse.
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