Javier Milei, presidente libertário da Argentina, no dia de sua posse em 2023.| Foto: EFE/ Enrique García Medina
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) se prepara para a primeira reunião presencial com o governo do presidente da Argentina, Javier Milei, com o objetivo de apoiar os esforços em curso para "restabelecer a estabilidade macroeconômica", disseram nesta quarta-feira (3) fontes do organismo financeiro.

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Estas fontes confirmaram que uma delegação do FMI se deslocará amanhã, quinta-feira, à Argentina com o objetivo de renegociar o acordo sobre uma dívida total que chega a cerca de US$ 46 bilhões (R$ 226 bilhões na cotação atual), como havia antecipado na terça-feira o porta-voz presidencial da Argentina, Manuel Adorni.

A delegação do FMI será chefiada pelo diretor adjunto do departamento do Fundo encarregado da América Latina, Luis Cubeddu, e pelo chefe da missão argentina, Ashvin Ahuja, detalharam as fontes.

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Estes representantes do FMI serão recebidos por Nicolás Posse, chefe de gabinete de Milei, e pelo ministro da Economia, Luis Caputo, naquele que será o primeiro encontro presencial entre ambas as partes desde que o novo presidente argentino tomou posse, em 10 de dezembro.

Uma equipe próxima de Milei já se reuniu com representantes do FMI quando este viajou para Washington, em 28 de novembro, após sua eleição como presidente, mas tratava-se ainda do período de transição, tanto que o líder da frente de direita A Liberdade Avança não participou daquela reunião.

A expectativa é que o objetivo do governo argentino na reunião desta semana seja adiar os primeiros pagamentos deste ano, que vencem em 9 de janeiro, e somam US$ 1,3 bilhão (R$ 6,39 bilhões), e no dia 16 deste mês, no valor de mais US$ 650 milhões (R$ 3,2 bilhões).

Uma das medidas, já previstas pelo organismo internacional, é a Argentina unificar os pagamentos; e isso só é possível quando há mais de um vencimento no mesmo período, algo que foi feito em junho, julho e outubro do ano passado, durante o governo de Alberto Fernández (2019-2023).

Em meio à transição de dezembro, Milei teve que recorrer a um empréstimo de curto prazo do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) no valor de US$ 960 milhões (R$ 4,7 bilhões) para pagar os vencimentos de 21 de dezembro.

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Por enquanto, o FMI já expressou seu apoio às medidas que visam o ajuste fiscal, o corte da despesa pública e a interrupção da emissão monetária que o novo governo argentino procura implementar desde a chegada de Milei.