Os três partidos da direita sueca concordaram em formar um governo, com o apoio sem precedentes dos Democratas da Suécia (SD) no Parlamento, conforme anunciou nesta sexta-feira (14) Ulf Kristersson, líder do partido dos Moderados, cotado para se tornar primeiro-ministro do país.
"Os Moderados, os Democratas Cristãos e os Liberais vão formar um governo e cooperar com os Democratas da Suécia no Parlamento", disse o primeiro-secretário dos Moderados, durante uma coletiva de imprensa.
A votação que pode nomear Kristersson primeiro-ministro deve ocorrer na segunda-feira (17). Ele foi oficialmente encarregado de formar um governo em 19 de setembro, mas as negociações levaram mais tempo do que o esperado.
Os partidos de direita tiveram um recorde de 20,5% dos votos nas eleições de 11 de setembro, atrás dos social-democratas da atual primeira-ministra Magdalena Andersson (30,3% dos votos). O SD, considerado no país como sendo de extrema-direita, se tornará a nova maioria, com 73 cadeiras.
Ao somar os Moderados (68 lugares), os Democratas Cristãos (19) e os Liberais (16), a "constelação" de direita tem uma maioria absoluta de 176 lugares, contra 173 da oposição. É a primeira vez que a direita sueca governa com o apoio do SD no Riksdag, o parlamento sueco.
"A tarefa do novo governo será em parte acompanhar as grandes questões como a adesão à OTAN, a futura presidência sueca da União Europeia, mas também assumir a responsabilidade pelas finanças do país e das famílias", disse Gunnar Strömmer, secretário do partido dos Moderados, citando a crise energética.