Pelo menos dez civis, entre eles três crianças, morreram nesta quinta-feira (12) pelo fogo de artilharia ucraniana no leste da Ucrânia, de acordo com os separatistas pró-Rússia.

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"Ontem (quinta-feira, 12) na cidade de Gorlovka três crianças morreram após o impacto de um projétil de artilharia", disse à imprensa local o número dois das milícias da autoproclamada república popular de Donetsk, Eduard Basurin.

Basurin acrescentou que, no total, quatro pessoas morreram em Gorlovka e três na cidade de Donetsk, o principal reduto dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

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Outras três pessoas morreram na quinta-feira à noite em Lugansk, segundo os pró-Rússia que controlam essa cidade, capital da região homônima fronteiriça com a Rússia.

"Como resultado da canhonada noturna em Lugansk pelas Forças Armadas da Ucrânia, três pessoas morreram e outras quatro sofreram feridas", afirma um comunicado do Centro Informativo de Lugansk.

As novas vítimas mortais entre a população civil perderam a vida depois do acordo na Bielorrúsia sobre a entrada em vigor de um cessar-fogo estipulado em Minsk pelos líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França.

Segundo o plano estipulado na quinta-feira na capital bielorrussa para pôr fim ao conflito que já tirou a vida de cerca de 6 mil pessoas no leste da Ucrânia, o cessar-fogo deve começar à 0 hora de 15 de fevereiro na Ucrânia (20h, em Brasília, de 14 de fevereiro).

O acordo prevê, após a cessação das hostilidades, o afastamento do armamento pesado da linha de separação de forças, a criação de uma ampla faixa de segurança e a troca de prisioneiros.

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O novo acordo também inclui o restabelecimento do controle de Kiev sobre a fronteira ucraniano-russa e o desarmamento e a saída do país de todos os grupos armados e mercenários estrangeiros que se encontram na zona de conflito.

Em seu aspecto político, o plano pede uma reforma constitucional para descentralizar a Ucrânia, a realização de eleições locais nas zonas rebeldes sob a supervisão da OSCE e um status especial de autogoverno para elas, que poderão decidir sobre o idioma que empregarão.

Além disso, Kiev deverá aprovar uma anistia para todos os participantes do conflito nas regiões de Donetsk e Lugansk.