Famosos da praia de Malibu começam a voltar para casa
Empresários e estrelas do showbiz foram autorizadas a retornar para suas casas no balneário de Malibu, na costa do Oceano Pacífico, depois que os incêndios foram controlados naquela região. O escritório de administração de emergências do condado de Los Angeles autorizou a volta de seus 1,5 mil habitantes. As evacuações começaram no domingo, mas as residências de Malibu não correm mais risco.
"Já não há mais ordens de evacuação", afirmou o bombeiro Johnie Jones, informando que não há mais chamas ativas na área, onde 1,8 mil hectares foram queimados. Um total de 22 residências foi atingido pelo fogo, incluindo um castelo avaliado em US$ 17 milhões e uma igreja presbiteriana.
Várias estrelas de Hollywood, como o diretor de "Titanic" James Cameron, o premiado ator Sean Penn e a atriz australiana Olivia Newton John tiveram que deixar suas mansões no balneário americano. Entre os famosos afetados está a atriz britânica Jane Seymour, que recebeu uma ordem obrigatória de evacuação e como muitas outras vizinhas teve que partir sozinha, já que seu marido decidiu "permanecer ilegalmente dentro da casa, combatendo as chamas". A atriz Victoria Principal, de "Dallas" (1978), deixou US$ 50 mil dólares em comida para as equipes de resgate antes de abandoná-la.
Los Angeles Seis pessoas morreram e pelo menos 70 ficaram feridas nos 18 focos de incêndio na Califórnia, que entram hoje no quinto dia, com saldo de 1 milhão de pessoas desabrigadas e mais de 2 mil casas incendiadas. A única esperança de controlar as chamas é uma possível trégua dos fortes ventos.
Os incêndios atingiram uma área que se estende de Santa Barbara, ao norte de Los Angeles, até a fronteira com o México, ao sul, incluindo a praia de Malibu, onde moram várias celebridades de Hollywood. A maioria dos famosos se hospedou em hotéis de luxo da região, mas alguns receberam autorização para voltar para casa, nas regiões onde o fogo foi controlado.
Reforços
Os cerca de 10 mil bombeiros ganharam a ajuda de 2,6 mil prisioneiros e menores infratores, assim como de soldados que fazem a segurança na fronteira com o México. No entanto, com a fronteira menos vigiada, muitos imigrantes aproveitaram para entrar no país, e há ainda a preocupação com saques a mansões incendiadas.
O condado de San Diego, onde cinco focos de incêncio ainda estavam ativos ontem, registra os maiores prejuízos, estimados em US$ 1 bilhão. Nas regiões onde os focos já foram controlados, os moradores estão gradualmente recebendo permissão para retornar às suas casas, de acordo com o prefeito da localidade, Jerry Sanders.
O presidente George W. Bush declarou "situação de desastre", o que permite às pessoas que tiveram suas casas queimadas receber auxílio-moradia temporário, além de verba para reparos e empréstimos a juros baixos para cobrir perdas não-seguradas. Hoje o presidente vai à região monitorar os esforços federais de emergência.
"Se nós tivéssemos mais recursos aéreos, teríamos mais capacidade de controlar o fogo", disse o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado de Orange, Chip Prather. Os bombeiros, e militares combatem as chamas com a ajuda de 90 helicópteros e aviões. Quatro aviões C-130 da Guarda Nacional, equipados para lançar produtos químicos e retardar o avanço das chamas, seguiram dos Estados do Colorado e da Carolina do Norte para a base de Point Magu, na Califórnia. Alguns focos são tão amplos que podem ser vistos do espaço e a fumaça se confunde com as nuvens nos satélites meteorológicos.
Um dos focos destruiu 160 casas na zona montanhosa de San Bernardino, a leste de Los Angeles, onde mansões ao longo das encostas estão a ponto de ser destruídas pelas chamas, como ocorreu em Running Springs.
Katrina
O secretário de Segurança Doméstica, Michael Chertoff, e R. David Paulison, diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências chegaram ontem à Califórnia. "O mundo está vendo grande parte do sul do estado em chamas", disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. "O governo federal e o presidente estão muito preocupados, mas houve lições que aprendemos com o [furacão] Katrina, e estamos colocando em prática alguma delas, como a comunicação rápida entre autoridades federais e regionais", disse.
Em 2005, o governo de Bush foi criticado pela resposta lenta à devastação causada pelo Katrina, que matou mais de 1,8 mil mortos e causou prejuízo superior a US$ 81 bilhões.
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