São Paulo - Autoridades gregas determinaram que os 15 mil habitantes da localidade de Agios Stefanos, no subúrbio da capital Atenas, devem deixar suas casas devido ao avanço de um incêndio extenso que já arrasou centenas de hectares de florestas, queimou dezenas de casas e continua fora de controle.
Ontem, foi declarado estado de emergência na região da Ática, ao leste do país, onde as chamas atingiram cerca de 12 mil hectares de florestas, campos cultivados e olivais.
Moradores das vizinhanças dos locais atingidos pelo fogo, no entanto, se recusaram a deixar as casas, e tentam apagar as chamas com mangueiras de jardim.
"O mais inteligente a se fazer seria deixar (o combate ao fogo) a cargo dos profissionais", disse o primeiro-ministro grego, Costas Karamanlis.
"Peço a todos os moradores que sigam as instruções da polícia sobre os lugares para onde devem ir", disse o vice-prefeito de Agios Stefanos, Panayiotis Bitakos, a uma rede de tevê local.
"Vínhamos implorando às autoridades desde as primeiras horas da manhã para enviar reforços (...). Agora é tarde demais. Tarde demais", completou Stefanos.
Durante o final de semana, foram registrados 83 incêndios pelo país, e diversos deles ainda estão ativos na região central da Grécia e nas ilhas de Zante e Skiros e em Karistos, uma localidade na ilha de Eubeia.
O porta-voz da polícia, Panos Stathis, pediu aos atenienses que estão fora da capital, e pretendem retornar, que adiem os planos, "para sua própria segurança".
Segundo ele, as chamas cercam as estradas e a fumaça limita a visibilidade. "Um tráfego menor facilitará o trabalho dos bombeiros", afirmou.
Stathis destacou que quem perder o dia de trabalho terá a ausência justificada.
Autoridades municipais disseram ainda que o fogo ameaça atingir o sítio arqueológico de Rhamnus, onde ficam dois templos de cerca de 2,5 mil anos.
Itália e França já enviaram reforços para a Grécia com a finalidade de ajudar a combater o grande incêndio florestal perto de Atenas.