O governo dos EUA acredita que o lançamento de um míssil pela China nesta semana foi o primeiro teste de um novo interceptador que poderia ser usado para destruir um satélite em órbita, disse uma fonte de defesa do governo dos EUA.

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A China lançou o foguete na segunda-feira (13), mas não colocou nenhum objeto em órbita, disse o Pentágono na quarta-feira (15). O objeto voltou à atmosfera sobre o oceano Índico.

"Monitoramos diversos objetos durante o voo, mas não observamos a inserção de quaisquer objetos em órbita, e nenhum objeto associado a esse lançamento permanece no espaço", disse a tenente-coronel Monica Matoush, porta-voz do Pentágono.

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O foguete chegou a 10 mil quilômetros da Terra, mais alto lançamento suborbital visto no mundo desde 1976, segundo Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.

A China diz que o foguete, lançado da base de Xichang (oeste), transportava uma carga científica destinada ao estudo da magnetosfera terrestre.

"Quero enfatizar que a China defende consistentemente o uso pacífico do espaço exterior e se opõe à militarização do espaço exterior, bem como a uma corrida armamentista no espaço anterior", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, a jornalistas em Pequim.

Mas uma fonte de Defesa dos EUA disse que a inteligência norte-americana apurou que o foguete pode ser usado no futuro para transportar uma arma antissatélite em uma trajetória semelhante. Nem esse funcionário nem o Pentágono divulgaram detalhes sobre a carga que o foguete chinês teria levado ao espaço.

"Foi um míssil baseado em terra, que acreditamos que seria o primeiro teste deles de um interceptador que seria projetado para ir atrás de um satélite que esteja realmente em órbita", disse na quarta-feira a fonte, que não estava autorizada a se identificar.

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Em 2007, a China lançou um míssil contra um satélite chinês desativado em órbita, deixando uma enorme quantidade de detritos no espaço.

O lançamento da segunda-feira foi semelhante aos lançamentos usando o foguete Blue Scout Junior, realizados pela Força Aérea dos EUA na década de 1960 para pesquisar a magnetosfera terrestre, disse McDowell por email. Segundo ele, é raro que lançamentos suborbitais passem dos 1.500 quilômetros, e nunca outro país além dos EUA havia chegado a 10 mil.