Pelo menos cinco foguetes foram lançados nesta sexta-feira (8) contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá e atingiram seus arredores sem causar vítimas, em meio a um aumento nos ataques contra alvos americanos no Iraque, desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
Segundo informou à agência EFE uma fonte de segurança iraquiana, que pediu para não ser identificada, o lançamento disparou os alarmes antiaéreos da legação diplomática, localizada na fortificada Zona Verde da capital iraquiana, e até o momento não foram registradas vítimas ou danos materiais.
Até agora, a embaixada dos EUA não comentou o assunto nem nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, embora a fusão de milícias pró-iranianas da Resistência Islâmica no Iraque tenha reivindicado cerca de 80 ações contra instalações com presença dos EUA desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro.
Trata-se do primeiro ataque contra alvos americanos em Bagdá após o início das hostilidades entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, que provocaram a resposta das milícias iraquianas apoiadas pelo Irã contra Washington por seu “apoio inabalável” ao Estado judeu na guerra em Gaza.
A última ação reivindicada por esses grupos armados foi um ataque de drones contra a base de Ain al Asad, no oeste do Iraque e uma das que abrigam mais efetivo americano no país, e alvo recorrente de milícias pró-iranianas juntamente com outras instalações militares no norte do Iraque.
Os Estados Unidos têm cerca de 2,5 mil soldados destacados no Iraque que realizam tarefas de assessoramento e treinamento no âmbito da coligação internacional que luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
Washington respondeu a estas ações contra o seu pessoal no Iraque em pelo menos duas ocasiões, a última das quais em 3 de dezembro, quando pelo menos cinco milicianos foram mortos em um ataque de drones lançado “em legítima defesa”, indicou então o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom).
Essa ação dos EUA foi realizada com o conhecimento do governo iraquiano, que denunciou que outro ataque com bomba americano que matou oito milicianos em 21 de novembro foi realizado sem o consentimento de Bagdá, que qualificou a ação como uma “violação da soberania” do país.
As milícias pró-Irã do Iraque fazem parte do chamado Eixo da Resistência, uma aliança anti-Israel liderada por Teerã e composta pelo grupo terrorista xiita libanês Hezbollah e pelos rebeldes houthis do Iêmen, entre outros.
Os ataques destas milícias aumentaram com a eclosão da guerra em Gaza, embora anteriormente estes grupos já tenham lançado ataques contra alvos dos EUA para exigir a saída das tropas americanas do Iraque.
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