Dois foguetes atingiram ontem uma loja de automóveis e um prédio residencial de Beirute, no Líbano, que ficam em regiões da cidade tidas como bastiões do movimento xiita Hezbollah. Ninguém reivindicou a autoria dos ataques, mas eles são vistos como um novo avanço do confronto sírio rumo ao vizinho Líbano.
Os problemas sectários do Líbano espelham os da Síria, e o Hezbollah já prometeu lutar "até o fim" pela vitória do ditador Bashar Assad. O sírio integra a minoria alauíta, que é uma facção do islã xiita, do qual faz parte o Hezbollah. Tanto os rebeldes sírios quanto a oposição libanesa são sunitas.
Na Síria, a luta por poder entre as tropas leais ao regime e os rebeldes teve início há mais de dois anos e já matou mais de 80 mil pessoas, segundo a ONU. Os foguetes foram lançados apenas algumas horas depois de o chefe do Hezbollah Hassan Nasrallah ter feito um discurso de apoio a Assad. Quatro pessoas se feriram nas explosões.
Negociações
Em Bagdá, também ontem, o chanceler sírio, Walid al-Moallem, confirmou pela primeira vez que o regime aceita, "em princípio", fazer parte da negociação de paz que ocorrerá no mês que vem, em Genebra (Suíça), com mediação da ONU, por iniciativa dos Estados Unidos e da Rússia. Deverão participar também representantes das diferentes facções rebeldes.
O sírio afirmou que a conferência é tida por Assad como uma boa oportunidade de debater a crise política no país. A data, a pauta e a lista de convidados para a conferência ainda não estão confirmadas, e, por isso, há de se esperar que o regime apresente condições para o envio de seus representantes. Representantes de Washington e Moscou se reunirão em Paris amanhã para debater esses detalhes.
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