Combates entre insurgentes islâmicos, forças do governo e tropas da União Africana mataram pelo menos 30 pessoas na quinta-feira em Mogadíscio, a capital da Somália, segundo moradores e fontes hospitalares.
Testemunhas disseram que os rebeldes lançaram morteiros contra o aeroporto internacional no momento em que o presidente Sheikh Sharif Ahmed partia para uma reunião em Uganda, levando as tropas da UA a responderem com sua artilharia.
Os combates, os mais intensos na cidade em várias semanas, deixaram também vários feridos. Ahmed não ficou ferido.
O comerciante Faral Olow, que trabalha no mercado Bakara, disse à Reuters que seis pessoas morreram por causa de um foguete que destruiu uma casa na região. "Elas estavam se abrigando num prédio de concreto, mas foguetes tão grandes podem penetrar na mais forte das casas. Não podemos sair para contar quantos mais morreram. Está chovendo bombas sobre nós."
Os combates na Somália mataram cerca de 19 mil civis desde o começo de 2007, e deixaram também cerca de 1,5 milhão de refugiados.
Agências ocidentais de segurança dizem que esse país do nordeste da África se tornou um refúgio para militantes islâmicos que o usam para planejar atentados.