A seca e a fome na Somália mataram, em apenas três meses, mais de 29 mil crianças com idadea inferiores a 5 anos, de acordo com estimativas do governo dos Estados Unidos, no primeiro relatório sobre o número de mortes provocadas pela crise alimentar na região do Chifre da África.
A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que dezenas de milhares de pessoas tenham morrido em decorrência do atual período de seca, o pior a afetar a Somália em 60 anos. Além disso, 640.000 crianças somalis sofrem de desnutrição aguda, o que indica que o número de óbitos entre crianças pequenas aumentará ainda mais.
Nancy Lindborg, funcionária do braço de auxílio humanitário do governo norte-americano, disse a um comitê no Congresso em Washington que os Estados Unidos estimam que mais de 29 mil crianças, todas com menos de 5 anos de idade, morreram de fome na Somália nos últimos 90 dias.
Essas mortes ocorreram nas regiões do sul da Somália, onde a crise de fome é mais grave. O número é verificado por sondagens de nutrição e mortalidade dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Na quarta-feira, a ONU declarou situação de fome em mais três regiões do sul da Somália, elevando a cinco o total de áreas atingidas. A população da Somália é estimada em 7,5 milhões de habitantes. A ONU estima que 3,2 milhões precisam de auxílio alimentar imediato.
Dezenas de milhares de somalis estão fugindo na esperança de encontrar alimentos em campos na Etiópia, Quênia e na capital somali Mogadiscio. As informações são da Associated Press.
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