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Fome provoca êxodo na África

Segundo dados da FAO, a fome afeta cerca de 12,4 milhões de pessoas na Somália, Djibuti, Etiópia e Quênia | Kabir Dhanji/Reuters
Segundo dados da FAO, a fome afeta cerca de 12,4 milhões de pessoas na Somália, Djibuti, Etiópia e Quênia (Foto: Kabir Dhanji/Reuters)

A Organização das Nações Uni­­das (ONU) alertou ontem que o pior da crise humanitária, gerada pela fome e seca na Somália, ainda está por vir.

O órgão solicitou à comunidade internacional um envolvimento maior com a situação de emergência que afeta milhões de pessoas e informou que o número de refugiados deve aumentar drama­­ticamente nos próximos me­­ses.

O representante da Orga­­ni­­za­­ção das Nações Unidas para a Agri­­cultura e a Alimentação (FAO) no Quênia alertou que a situação po­­de se tornar "simplesmente insuportável" nas próximas semanas, se somalis continuarem abandonando suas ca­­sas no sul e no centro do país em busca de abrigo e alimentos. Cerca de 200 mil pessoas deixaram o país nos últimos dois meses, rumo aos países vizinhos Quênia e Etiópia. "Há a possibilidade de que todo mundo que mora nessas áreas deixe suas ca­­sas, o que seria um desastre", disse Luca Alinovi, acrescentando que os custos de transportes dobraram nos últimos meses – evidência de que há um aumento da de­­manda por passagens.

A fome afeta cerca de 12,4 mi­­lhões de pessoas na Somália, Dji­­buti, Etiópia e Quênia, segundo dados da FAO.

Na terça-feira, a organização convocou uma reunião urgente em Roma para o dia 18 de agosto com o objetivo de buscar soluções para a fome do continente africano.

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