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Um membro da família real saudita exigiu no domingo que a fonte dos documentos confidenciais da embaixada norte-americana publicados pelo site WikiLeaks seja "rigorosamente punida" e sugeriu que a credibilidade dos diplomatas norte-americanos foi prejudicada pelo vazamento.

"Se os diplomatas e os líderes não conseguem compartilhar suas opiniões livremente sobre questões que os afetam, então estamos com problemas", disse o príncipe Turki al-Faisal, durante uma conferência do Golfo para a segurança.

Um vazamento revelou que o rei saudita Abdullah estava pressionando os Estados Unidos a atacar as instalações nucleares do Irã. Abdullah teria aconselhado Washington a "cortar a cabeça da cobra", enquanto ainda houvesse tempo.

A informação faz parte de uma série de vazamentos que confirmou a profundidade da desconfiança existente em relação ao xiitas no Irã entre os líderes sunitas no mundo árabe, especialmente a liderança sunita na Arábia Saudita.

O príncipe Turki, ex-embaixador saudita em Londres e em Washington e ex-chefe do serviço de inteligência do reinado, disse que o escândalo do WikiLeaks salientava a crescente preocupação internacional com a segurança virtual.

"Então é responsabilidade não apenas da comunidade mundial, mas dos EUA, de onde os vazamentos vieram, não apenas manter uma vigilância maior, mas tentar restabelecer a credibilidade e legitimidade de suas relações com o resto de nós, e garantir que não haverá mais vazamentos no futuro."

"O responsável deve ser rigorosamente punido", disse o príncipe, irmão do ministro de Relações Exteriores saudita, Saud al-Faisal.

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