Principal suspeito de deixar vazar documentos secretos dos Estados Unidos para o site WikiLeaks, o soldado Bradley Manning foi acusado na quinta-feira pelo Exército de cometer 22 crimes, entre os quais o de "ajudar o inimigo". A punição prevista é a pena de morte. A Promotoria do caso, porém, comprometeu-se a aplicar, como punição máxima, a prisão perpétua. Manning, de 23 anos, foi preso no Kuwait em julho e está detido na brigada do Corpo de Marines de Quantico, Virgínia. "As novas acusações, mais precisas, refletem o amplo leque de crimes supostamente cometidos por Manning", afirmou o porta-voz do Exército, capitão John Haberland.
Apesar da desconfiança do Exército de haver mais pessoas envolvidas no vazamento para o WikiLeaks, Manning é o único preso e acusado. Ele servia no Kuwait quando foi delatado por um amigo, a quem contara ter enviado ao WikiLeaks 260 mil telegramas secretos do Departamento de Estado e um vídeo com o registro de um ataque aéreo americano no Afeganistão, em 2009.
Manning teria ainda passado ao WikiLeaks as imagens de outro ataque de soldados dos EUA, de 2007. A divulgação dos telegramas diplomáticos constrangeu o governo americano e, segundo autoridades, criou riscos para as relações dos EUA com países aliados, as operações militares em curso e a segurança das pessoas mencionadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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