Homenagens a vítimas do "Charlie Hebdo" reúnem 700 mil na França
Ao todo, 700 mil pessoas se manifestaram em silêncio neste sábado (10), em várias cidades da França, em repúdio aos atentados jihadistas, com especial lembrança para as 12 vítimas da revista "Charlie Hebdo", mortas em um atentado na última quarta-feira (7). Leia matéria completa.
A companheira do atirador que matou quatro reféns em um mercado kosher na sexta-feira (9) estaria na Síria, segundo a imprensa francesa. Hayat Boumeddiene, 26, é suspeita de ter participado do sequestro e é considerada foragida pela polícia francesa.
Segundo o jornal francês "Liberátion", Boumeddiene pegou um avião de Madri (Espanha) a Istambul (Turquia) no dia 2 de janeiro e de lá viajou para a Síria no dia 8 de janeiro, ou seja, um dia após o atentado na redação do jornal satírico. As informações vieram de uma fonte na polícia francesa.
O jornal "Le Monde" também diz ter fontes no governo que dizem que uma mulher "muito parecida com Hayat Boumeddiene e portando seu passaporte" teria feito essa viagem, acompanhada por um homem cujo irmão é conhecido pelos serviços de inteligência franceses. Ela teria atravessado a fronteira turco-síria no dia 8 e nunca utilizado seu bilhete de retorno, que estaria marcado para sexta, 9 de janeiro.
As mesmas informações foram confirmadas por fontes do jornal "Le Figaro".
Perfil
Segundo o "Libération", Boumeddiene tem seis irmãos. Seu pai seria entregador e sua mãe morreu em 1994.
Ele se casou religiosamente com Amedy Coulibaly, identificado como sequestrador do mercado Kosher, em 2009 (somente o casamento civil é reconhecido na França).
Boumeddiene não tem ficha criminal, mas ela foi interrogada pela polícia durante a investigação sobre a tentativa de fuga de Smain Ait Ali Belkacem, membro do Grupo Islâmico Armado Argelino (GIA), condenado em 2002 à prisão perpétua na França pelo atentado à estação Museu de Orsay de Paris, em 1995.
Coulibaly foi condenado a cinco anos de prisão por ter participado do plano de fuga. Também Chérif Kouachi, responsável pelo atentado ao "Charlie Hebdo", estaria envolvido.
Segundo o site do "Nouvel Observatoire", Kouachi e Coulibaly teriam se conhecido entre 2005 e 2006, quando estavam na prisão Fleury-Mérogis, em Paris.
Coulibaly teve a pena diminuída em um ano e foi solto em março de 2014.
A mulher de Chérif Kouachi -Izzana Hamyd- e Boumeddiene teriam trocado mais de 500 ligações durante o ano de 2014, indicando que os casais eram próximos.
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