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Crise árabe

Força Aérea líbia está totalmente destruída, diz coalizão militar

Rebeldes comemoram a destruição de um tanque das tropas leais ao ditador Muamar Kadafi em estrada que liga as cidades de Benghazi e Ajdabiya, onde se concentram os opositores do regime | Suhaib Salem/Reuters
Rebeldes comemoram a destruição de um tanque das tropas leais ao ditador Muamar Kadafi em estrada que liga as cidades de Benghazi e Ajdabiya, onde se concentram os opositores do regime (Foto: Suhaib Salem/Reuters)

São Paulo - Após cinco dias de ataques a alvos da defesa do regime de Muamar Kadafi, a coalizão liderada por EUA, França e Reino Unido conseguiu destruir a Força Aérea líbia, afirmou um oficial britânico.

"A Força Aérea líbia efetivamente não existe mais enquanto força de combate, e o sistema integrado de defesa aérea e de comando e controle foi severamente danificado’’, disse Greg Bagwell, que comanda as operações aéreas britânicas na Líbia. Segundo Bagwell, as forças aliadas operam agora virtualmente imunes a ações de forças leais ao ditador líbio.

O anúncio, se corresponder à realidade dos acontecimentos, significa a imposição da zona de exclusão aérea na Líbia. Este era um dos objetivos da intervenção militar.

A medida visa evitar que as forças de Kadafi promovam ataques contra bastiões rebeldes e sufoquem a revolta que tenta depor o ditador – cenário que se desenhava quando foi aprovada a ação na ONU, há uma semana.

Ontem, no entanto, as forças aliadas seguiam promovendo ataques para debilitar a capacidade do regime de realizar ações contra civis – outro objetivo da missão.

No quinto dia de intervenção, a coalizão internacional concentrava ações, além da capital, Trípoli, nas cidades de Ajdabiyah e de Misrata. A primeira é o principal front de batalha entre os rebeldes que controlam o leste do país – baseados em Benghazi – e as forças oficiais. E Misrata é o principal reduto opositor na parte ocidental. A cidade, a terceira maior do país, é alvo de intensa ofensiva governista.

Otan

Também ontem, embarcações da Otan começaram a patrulhar o litoral líbio para garantir o embargo da ONU ao país, um dia após a aliança militar ocidental acertar a participação na operação.

Persiste, no entanto, a indefinição sobre se o comando da missão – hoje responsabilidade dos EUA – vai ser transferido para a aliança.

Opõem-se à possibilidade a Turquia, único país muçulmano da Otan, e a França, que defende que o comando político da operação fique a cargo de um órgão do qual participem países árabes.

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