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Algumas das 700 pessoas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram que foram resgatadas pelo exército em 2018
Algumas das 700 pessoas sequestradas pelo grupo extremista Boko Haram que foram resgatadas pelo exército em 2018| Foto: EFE/Deji Yake

Uma força regional antiterrorismo envolvendo militares de Benin, Camarões, Chade, Níger e Nigéria resgatou 34 mulheres e crianças que tinham sido sequestradas pelo grupo muçulmano radical Boko Haram em operações separadas na Nigéria, informou um porta-voz militar.

"Em uma série de operações da Força Multinacional Conjunta (MNJTF) contra atividades terroristas, as tropas da Operação Lake Sanity 2 resgataram com sucesso 34 mulheres e crianças das garras dos terroristas do Boko Haram", informou o tenente-coronel Abubakar Abdullahi em comunicado divulgado na segunda-feira (17) pela imprensa local.

Durante as operações, que foram realizadas nos povoados de Mazuri, Itsari, Mudu e Maleri, localizados às margens do Lago Chade, no nordeste da Nigéria - embora Abdullahi não tenha detalhado as datas - um terrorista também foi morto.

Além disso, de acordo com o porta-voz, em 17 de junho, "três combatentes do Estado Islâmico da Província da África Ocidental (um grupo que se separou do Boko Haram em 2016) baseados no campo de Jabilaram, uma ilha isolada no Lago Chade, renderam-se às tropas".

Em outra operação, em 9 de junho, na região de Kollaram, também localizado às margens do lago, foram destruídos três dispositivos explosivos improvisados colocados em veículos suicidas e "preparados para um grande ataque terrorista".

"Esse ataque preciso exemplifica a eficácia e a capacidade das unidades das forças aéreas dos países que contribuem com tropas (para a MNJTF) para neutralizar alvos terroristas de alto valor e mitigar possíveis ameaças", comentou Abullahi.

A MNJTF, fundada em 1994 e sediada em N'Djamena, capital do Chade, tem como objetivo acabar com as ameaças do Boko Haram e de outros grupos terroristas que operam na região.

O Lago Chade, uma área de mais de 25 mil quilômetros quadrados de pântanos, água e dezenas de ilhas compartilhadas por Nigéria, Níger, Camarões e Chade, surgiu como um refúgio ideal para o Boko Haram e seu grupo dissidente, conhecido pelo acrônimo ISWAP.

Ambos os grupos buscam impor um estado de estilo islâmico radical na Nigéria, que é predominantemente muçulmana no norte e cristã no sul.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do governo e da ONU. (com informações da EFE)

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