Soldados israelenses mataram ontem quatro palestinos que estavam em roupas de mergulho na costa da Faixa de Gaza. Israel também lançou um ataque aéreo contra supostos militantes que se preparavam para lançar foguetes em território israelense, elevando as tensões entre os dois lados, uma semana após a violenta ação de Israel para interceptar uma flotilha com ativistas.
Autoridades israelenses não forneceram detalhes a respeito de nenhum dos incidentes. Sobre a ação marítima, um porta-voz dos militares israelenses disse apenas que uma unidade naval de Israel encontrou um grupo de pessoas em roupas de mergulho "a caminho de um ataque terrorista" e que eles foram atacados. Funcionários de um hospital em Gaza afirmaram que quatro corpos foram retirados da área e levados para hospitais locais.
A Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, grupo militante ligado ao Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que os quatro mortos eram membros de sua unidade marítima, segundo uma mensagem enviada a jornalistas.
Mais tarde, o porta-voz do Exército israelense afirmou que um ataque aéreo israelense teve como alvo militantes no norte da Faixa de Gaza, que estariam se preparando para lançar um foguete em Israel.
A violência recente aumentou as tensões entre Israel e o Hamas, após o ataque à flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Na segunda-feira passada, forças israelenses entraram a bordo dos seis navios que formavam a flotilha, em uma ação que terminou com nove ativistas mortos.
Irã
A tensão aumentou durante o dia após o anúncio do Crescente Vermelho do Irã de que enviará três navios com auxílio humanitário à Faixa de Gaza, no que deverá ser a próxima tentativa de quebrar o bloqueio naval israelense ao território palestino. O Crescente Vermelho iraniano, "a Cruz Vermelha do mundo muçulmano", também informou que mandou um avião com 30 toneladas de suprimentos médicos ao Egito, que entregará o auxílio à Faixa de Gaza.
O diretor do Crescente Vermelho do Irã, Abdolrauf Adibzadeh, disse que dois navios partirão do Irã nesta semana, enquanto um terceiro será enviado numa data posterior. Os dois primeiros navios irão à Faixa de Gaza em coordenação com o governo da Turquia. Das duas naves, uma "irá transportar 70 trabalhadores humanitários, como enfermeiras e médicos, e a outra levará alimentos e remédios, disse Adibzadeh à televisão estatal iraniana.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”