Militares colombianos mataram na sexta-feira (19) sete membros da guerrilha do ELN e detiveram um outro em uma operação em Arauca, na fronteira com a Venezuela, em meio a uma escalada do conflito com a segunda maior guerrilha do país, informou neste sábado (20) o presidente Juan Manuel Santos.
“Na operação realizada ontem à noite em Arauca houve baixa de sete membros do ELN e outro foi capturado”, disse Santos em um discurso diante da cúpula da Polícia Nacional e de outras forças colombianas.
Os rebeldes mortos na operação conjunta da Força Aérea, Exército Nacional, Marinha e Polícia Nacional, realizada na zona rural do município de Puerto Rondón, leste da Colômbia, pertenciam à companhia capitão Pomares, da frente “Héroes y Mártires”, que opera na zona de influência da guerrilha em Arauca, acrescentou Santos.
Entre os mortos há um menor de idade, acrescentou, em um comunicado, o Ministério da Defesa.
A ofensiva contra o Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista), que mantém conversações preliminares de paz com o governo Santos, é o último capítulo de uma escalada das tensões entre as autoridades e a segunda guerrilha do país, desatada nas últimas semanas, após a captura, pelos rebeldes, de um cabo do exército no dia 3 de fevereiro.
“Se quiserem iniciar algum tipo de conversação pública, têm que libertar estes dois sequestrados que têm em suas mãos”, acrescentou Santos, em alusão ao cabo Jair de Jesús Villar e ao civil Ramón José Cabrales, em poder da guerrilha desde 2014.
Entre o domingo (14) e a terça-feira (16) , o ELN liderou uma greve armada de 72 horas, com vistas a paralisar as vias de trânsito e deixou três policias mortos e dezenas de incidentes violentos em todo o país.
O Exército, por sua vez, se declarou em “alerta máximo” diante dos ataques deste grupo armado durante a comemoração, na segunda-feira (15), dos 50 anos de morte do sacerdote Camilo Torres, ícone da organização, nas mãos dos militares.
O ELN, que se ergueu em armas contra o Estado em 1964, celebra há dois anos negociações secretas com o governo com vistas a um diálogo formal similar ao realizado há três anos em Cuba com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas), a principal guerrilha do país.
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